Portugal contabiliza hoje mais 48 mortos relacionados com a covid-19 e 5.784 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.896 mortes e 179.324 casos de infeção, estando hoje ativos 76.647 casos, mais 3.702 do que no sábado.
A DGS indica que das 48 mortes registadas nas últimas 24 horas, 27 ocorreram na região Norte, 14 na região de Lisboa e Vale do Tejo, quatro na região Centro, duas no Alentejo e uma no Algarve.
Sobre os internamentos hospitalares, o boletim epidemiológico revela que estão internadas 2.522 pessoas (mais 102 do que no sábado) e destas estão 378, mais 12 doentes, em cuidados intensivos.
A DGS refere também que as autoridades de saúde têm em vigilância 90.506 contactos, menos 844 em relação a sábado, e que foram dados como recuperados, nas últimas 24 horas, mais 2.034 doentes, num total de 99.781 desde o início da pandemia.
A região Norte continua a ser a que regista a maioria dos novos casos, tendo sido reportados 3.923 nas últimas 24 horas, totalizando 86.28, somando 1.306 mortos desde o início da pandemia, em março.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 1.073 novos casos de infeção, contabilizando-se agora 68.798 casos e 1.123 mortes.
Na região Centro registaram-se mais 590 casos de infeção, contabilizando-se 16.347 e 356 mortos.
No Alentejo foram registados mais 91 novos casos de covid-19, totalizando 3.452 e 65 mortos.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 74 casos de infeção, somando agora 3.441 casos e 30 mortos desde o início da pandemia.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados 20 novos casos nas últimas 24 horas, somando 455 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou 13 casos nas últimas 24 horas, contabilizando 547 infeções e um óbito.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 81.282 homens e 98.042 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.485 eram homens e 1.411 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 49,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.
Sobre os casos por concelho, a DGS deixou esta segunda-feira (dia 2 de novembro de 2020) de os divulgar. Recorda-se que eram atualizados só às segundas-feiras.
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Informação incompleta sobre os casos Covid-19
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2879 (DGS apresenta hoje 3.441), com 36 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 30).
À data de domingo, dia 1 de novembro, os concelhos de Loulé, Albufeira e Faro apresentavam o maior número de casos confirmados.
Quanto aos casos ativos e de recuperados por concelho, os dados estão incompletos e estão no gráfico assinalados com * nos concelhos em que não há acesso à informação.
Estes dados baseiam-se nas informações disponíveis da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias que disponibilizam essa informação.
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Mais de 50 milhões de casos e 1,2 milhões de mortos no mundo
Mais de 50 milhões de casos do novo coronavírus foram oficialmente detetados em todo o mundo, desde o início da pandemia no final de 2019, até às 16:15 de hoje, segundo o último balanço da AFP.
No total, mais de 50.010.400 casos, incluindo 1.251.980 mortes, foram registados no mundo desde o início da pandemia por covid-19 em dezembro, na China.
O aumento no número de casos de infeção detetados é apenas parcialmente explicado pelo aumento dos testes realizados e muitos países, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, dois locais que estão a enfrentar uma nova e importante vaga de contaminações.
A Europa, com 12,6 milhões de casos confirmados (e mais de 305.000 mortes), é a região mais afetada do mundo, à frente da América Latina e Caribe (11,6 milhões de casos, 411 mil mortes) e da Ásia (11 milhões de casos, quase 177 mil mortes por covid-19).
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial de Saúde OMS).
Jerónimo considera medidas “desproporcionais, incongruentes e desadequadas”
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, classificou hoje as medidas aprovadas pelo Governo no sábado como “desproporcionais, incongruentes e desadequadas”, defendendo que o caminho deveria ser o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Num comício em Castanheira do Ribatejo (no concelho de Vila Franca de Xira), Jerónimo de Sousa referiu-se às medidas aprovadas no Conselho de Ministros extraordinário e que concretizam o decreto do estado de emergência que vigorará entre segunda-feira e dia 23 de novembro.
“As medidas adotadas pelo Governo na sequência da declaração do Estado de Emergência, aprovado esta sexta-feira na Assembleia da República, com o voto contra do PCP, afiguram-se não só desproporcionais, incongruentes e desadequadas como sobretudo não têm correspondência com as exigências colocadas no plano da saúde pública e da capacitação do SNS para enfrentar a epidemia de Covid-19, e para criar condições de proteção sanitária para que a vida nacional prossiga”, defendeu.
Jerónimo de Sousa criticou que, a pretexto da subida de casos de covid-19, aumentem “as vozes dos que reclamam mais restrições às liberdades, mais cortes de direitos e mesmo medidas mais musculadas, trocando a pedagogia pela via repressiva no combate à pandemia”
“Aquilo de que o País necessita é de medidas que estimulem a proteção individual, promovam a pedagogia da proteção e assegurem condições de segurança sanitária para que a vida nacional possa prosseguir nas suas múltiplas dimensões”, defendeu.
INATEL disponibiliza de imediato cerca de 250 camas para libertar hospitais
A Fundação INATEL tem disponíveis de imediato cerca de 250 camas para acolher utentes não covid, que tiveram alta dos hospitais mas que não têm para onde ir, criando assim mais vagas de internamento.
O presidente da Fundação INATEL (Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres), Francisco Madelino, revelou hoje à Lusa que esta semana uma das unidades hoteleiras vai receber “24 a 25 pessoas”, que “serão acompanhadas por equipas de apoio que vão estar nas instalações em permanência 24 horas”.
“Estamos a marcar o hotel da Feira e temos em reserva instalações em Entre-os-Rios e Oeiras, para este período que vai ser conturbado. Nestas três instalações, a INATEL tem disponível num curtíssimo prazo, cerca de 250 camas, lembrando que também é preciso garantir quartos para as equipas”, sublinhou Francisco Madelino.
Segundo explicou, só na região Norte “são mais de 100 camas que vão ser libertadas e essas pessoas vão já nesta primeira fase para as instalações da INATEL na Feira”, numa intervenção em articulação com a Segurança Social.
“A fundação tem tido um papel permanente, estando ao serviço no apoio a pessoas idosas em lares de terceira idade que não tenham covid e ao pessoal de saúde. Com o facto da pandemia ter subido muito é determinante para os hospitais libertarem camas de pessoas que tiveram alta e reforçar a capacidade de resposta do sistema de saúde”, afirmou.
Segundo Francisco Madelino, muitos destes utentes “são idosos, mas podem não ser”.
“São pessoas que não têm uma família de acolhimento nem sítio para onde ir. Esta é uma intervenção articulada com a Segurança Social, que articula com a Administração [Regional] de Saúde as equipas que são necessárias”, precisou.
O presidente revelou ainda que a Fundação Inatel possui 17 unidades hoteleiras, que estão disponíveis para dar resposta, “se for necessário neste período de inverno”, e que têm “uma capacidade total de aproximadamente mil camas”.
“Temos estado a colaborar no apoio de retaguarda. Por exemplo, as pessoas que estiveram em quarentena nas Flores fizeram-no em hotéis da INATEL. Em Manteigas, tivemos estudantes de Medicina, que estiveram no lar de Reguengos [Monsaraz], a fazer quarentena”, exemplificou, sublinhando a disponibilidade para responder às necessidades do país, se a fundação for chamada, no âmbito do diploma publicado pelo Governo que prevê a requisição de recursos, meios e estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde integrados nos setores privado, social e cooperativo.
Surto infeta 37 utentes e nove funcionários em lar de Caminha
Trinta e sete utentes e nove funcionários do lar do Bom Jesus dos Mareantes, em Caminha, no distrito de Viana do Castelo, estão infetados com o novo coronavírus, revelou hoje à Lusa o presidente da Câmara.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Alves explicou que os casos positivos foram hoje conhecidos, após terem sido testados, na sexta-feira, os 63 utentes e 36 funcionários da instituição.
“A instituição tem 37 utentes positivos e 26 negativos. Nove funcionárias testaram positivo e 27 negativo. De todas estas pessoas, apenas uma utente está hospitalizada desde quinta-feira”, especificou o autarca socialista.
Miguel Alves adiantou que “as famílias dos utentes positivos já foram todas informadas”, estando em curso “medidas de reforço das condições de segurança e isolamento entre utentes”.
“Os utentes positivos já estão separados dos restantes. A direção e funcionários da instituição estão a fazer um bom trabalho, mas nunca se sabe como é que a situação pode evoluir”, sublinhou.
Miguel Alves garantiu que “a direção do lar, a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Caminha estão em permanente contacto e colaboração para tentar travar a evolução do surto”.
O autarca alertou que “se o mês de outubro foi mau para Caminha, com o número de casos a triplicar, relativamente ao acumulado dos meses anteriores, em que a média foi de cinco casos por dia, novembro pode ser pior”.
“Estamos com 10 novos casos por dia, sem contabilizar com os casos do lar”, reforçou.
Miguel Alves apelou “ao cumprimento das medidas decretadas, mas também à responsabilidade individual”.
“Sabemos que 70% dos casos no concelho de Caminha têm origem em festas, almoços de família ou convívios pós-laborais. Está na hora de todos percebermos que a nossa atitude conta. Para bem, mas, também, infelizmente, para o mal”, frisou.
Seis dos 10 municípios do distrito de Viana do Castelo integram a lista de 121 concelhos que apresentam risco elevado de transmissão da covid-19. Além de Caminha, foram considerados concelhos de elevado risco Viana do Castelo, Valença, Ponte de Lima, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira.
Número de mortes e de infeções volta a subir em África
África registou nas últimas 24 horas um aumento 378 mortes relacionadas com a covid-19 e quase mais 15 mil casos de infeção pelo novo coronavírus, mas o indicador que mais subiu foi o número de recuperados.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nos 55 Estados-membros da organização contabilizam-se hoje 1.870 348 infetados, (mais 14.952 do que no dia anterior), 44.849 mortos (mais 378) e 1.577.213 recuperados (mais 21.942).
Mantendo a tendência de subida dos últimos dias, o maior número de casos de infeção e de mortes continua a registar-se na África Austral, com 822.133 infeções, 21.296 mortes por covid-19 (mais 34 que no dia anterior) e 749.059 recuperados.
A África Oriental regista 226.367 casos e 4.139 mortos e na região da África Ocidental há agora 193.962 infetados, dos quais 2.790 são vítimas mortais.
A África Central contabiliza 61.377 casos e subiu para 1.156 óbitos, mais um que no dia anterior.
No Norte de África contabilizam-se 566.959 casos e 15.468 óbitos.
A África do Sul é o país com mais vítimas mortais (19.789), seguido do Egito com 6.355 mortos e 108.962 infetados, e de Marrocos, que contabiliza 4.197 vítimas mortais e 252.185 casos de infeção.
A Argélia surge logo a seguir, com 61.392 infeções e 2.035 mortos.
Entre os seis países mais afetados estão também a Etiópia, que regista 99.201 casos de infeção e 1.518 vítimas mortais, e a Nigéria, com 63.790 infetados e 1.154 mortos.
No grupo dos países que têm o português como língua oficial, Angola regista 303 óbitos e 12.335 casos, Cabo Verde (100 mortos e 9.291 casos), Moçambique (99 mortos e 13.577 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.092 casos), Guiné-Bissau (42 mortos e 2.414 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 960 casos).
Ordem dos Médicos concorda com estado de emergência e faz aviso à população
A Ordem dos Médicos congratulou-se hoje com a declaração de estado de emergência, que queria ativado mais precocemente, e avisou a população sobre um agravamento da pandemia nas próximas semanas e a necessidade de manter medidas preventivas.
Reagindo à aprovação pelo Governo, no sábado, das medidas que vão vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro, como o recolher obrigatório noturno nos concelhos de maior risco de contágio, o bastonário e o Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos (OM) manifestaram, “neste momento de crescente atividade pandémica e de imperiosa coesão nacional no combate ao inimigo comum, a total concordância” com a declaração do estado de emergência.
Em comunicado hoje divulgado, a OM faz também um alerta à população, avisando que vai haver um agravamento progressivo da covid-19 nas próximas semanas, e que é necessário manter “uma total adesão” às medidas preventivas.
“Só a intervenção a montante na interrupção das cadeias de transmissão pode precaver e impedir a rutura do Sistema Nacional de Saúde (SNS)”, afirma a OM no comunicado, transmitindo o que chama uma mensagem de serenidade e de responsabilidade, para relembrar que o combate à pandemia depende de todos, e cada um, sendo “essencial” cumprir as medidas de proteção individual e coletiva.
O bastonário e o gabinete de crise manifestam ainda solidariedade com os profissionais de saúde no combate à pandemia, nomeadamente os das localidades no limite de recursos técnicos e humanos, e reitera a necessidade de contratação urgente de médicos e demais profissionais de saúde, enaltecendo ainda o envolvimento e a “colaboração indispensável” das Forças Armadas Portuguesas nesta situação de emergência nacional “que deveria ter sido antecipada e ativada mais precocemente”.
O reforço da “necessidade imperiosa” de uma gestão articulada e comum, a nível nacional, de recursos humanos e de internamento hospitalar disponíveis, na atual fase da pandemia, é também defendido no comunicado, que conclui relembrando a citação do filósofo grego Sócrates: “A Saúde não é tudo, mas tudo é nada sem Saúde”.
As medidas do estado de emergência, aprovado sábado pelo Governo, preveem que em 121 municípios, onde há “risco elevado de transmissão da covid-19”, abrangendo 70% da população residente, incluindo todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a circulação vai ficar limitada nos próximos dois fins de semana, entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
O executivo aprovou ainda outras medidas para o continente, como a possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos e de exigir testes de diagnóstico para a covid-19, a limitação a seis pessoas de grupos em restaurantes, salvo do mesmo agregado familiar, e a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, após tentativa de acordo e mediante justa compensação.