As chuvas de setembro permitiram atenuar a situação de seca meteorológica e agora só 64% do território está em seca moderada. Mas as albufeiras continuam baixas, sobretudo no Sul. Por isso na região do Algarve as preocupações mantêm-se elevadas quanto à escassez hídrica.
“Temos água para 12 meses e, se continuar a não chover, podemos chegar ao final de 2023 sem água para abastecimento público”, admite ao Expresso António Pina, que preside à Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Nas barragens algarvias existem 90 hectómetros cúbicos (hm3) de água; se ao consumo público se juntar o agrícola, a água necessária por ano supera os 110 hm3, acima da que estará disponível se não chover.
A agricultura consome cerca de 50% da água captada no Algarve e, na opinião do dirigente, “tem que se acabar com este conceito de a água subterrânea pertencer aos donos dos terrenos privados, o que impossibilita a gestão pública”. Por isso defende que “é preciso impor quotas de captação”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL