Com a morte da Rainha Isabel II será lançada a operação “London Bridge” (Ponte de Londres, em português), alegado nome código da monarca.
Explicamos-lhe o que vai acontecer a partir deste momento:
- “London Bridge is down” (A Ponte de Londres caiu) – é assim que é transmitida a notícia da morte da Rainha à primeira-ministra britânica e ao secretário de Gabinete.
- O Ministério dos Negócios Estrangeiros enviará a notícia para os 14 governos fora do Reino Unido onde a rainha era chefe de Estado e para os outros 38 países da Commonwealth.
- O dia da morte da Rainha será classificado como “D-Day” (Dia D, em português) e todos os dias que se seguirem até ao funeral serão nomeados como D-Day+1, D-Day+2 e por aí fora. O funeral acontece ao 10.º dia.
- Todos os ministros do Governo britânico serão imediatamente informados por e-mail da morte da Rainha. Assim que estas comunicações forem enviadas, as bandeiras de Whitehall, o centro administrativo do Reino Unido, serão colocadas a meia-haste.
- A agência de notícias Press Association envia um comunicado para as redações de todo o mundo ao mesmo tempo que um servente colocará, no exterior do Palácio de Buckingham, o comunicado oficial da morte.
- Os plenários dos Parlamentos de Inglaterra, da Escócia, do País de Gales e da Irlanda do Norte serão adiados. Se não estiver reunido, o Parlamento britânico será chamado.
- O site oficial da realeza britânico será atualizado para uma página em preto e mostrará o comunicado a confirmar a morte. O site do Governo britânico terá uma faixa negra no topo.
- A primeira-ministra britânica deverá ser a primeira a pronunciar-se.
- A família real britânica divulgará o plano para as cerimónias fúnebres reais e será anunciado o minuto de silêncio.
- Depois disso, arranca a Operação de sucessão ao trono apelidada de “Spring Tide” (maré viva, em português). A primeira-ministra irá receber o novo Rei, Carlos, filho de Isabel II e primeiro na linha de sucessão. Não é conhecido ainda o nome que Carlos adotará enquanto Rei – poderá ser Carlos III ou até George VII.
- O Rei Carlos falará à nação.
- A primeira-ministra e um pequeno número de ministros participarão numa cerimónia em memória da Rainha na Catedral de St. Paul.
Dia D 1
O Conselho de Adesão reunir-se-á às 10:00 no Palácio de St. James para proclamar Carlos como Rei. A agenda do Parlamento será suspensa durante 10 dias. A primeira-ministra e o secretário de Gabinete reunir-se-ão com o Rei às 15:30.
Dia D 2
O corpo da Rainha regressará ao Palácio de Buckingham, em Londres. O caixão deverá ser transportado de comboio desde a Escócia. Se não for possível, o plano B é que seja transportado de avião.
Dia D 3
O Rei Carlos receberá a moção de condolências no Westminster Hall. De seguida, embarca numa viagem de luto pelo Reino Unido, começando pela Escócia.
Dia D 4
Carlos chegará à Irlanda do Norte. Será também feito um ensaio da Operação “Lion” (leão, em português): o cortejo do caixão entre o Palácio de Buckingham e Westminster.
Dia D 5
Arranca a Operação “Lion”. A urna será transportada do Palácio de Buckingham para o Palácio de Westminster num cortejo que passará por vários pontos de Londres. À chegada a Westminster, será celebrado um serviço em memória da Rainha.
Dia D 6
Operação “Feather” (pena, em português): o caixão da Rainha ficará aberto durante três dias para ser visitado pelo público. Haverá também um ensaio do cortejo do funeral do Estado.
Dia D 7
O Rei Carlos viajará para o País de Gales como parte da viagem de luto pelo Reino Unido.
Dia D 8 e 9
São esperados milhares de visitantes em Londres para os últimos dias em que poderão prestar homenagem à Rainha.
Dia D 10
Será proclamado Dia de Luto Nacional e realizar-se-á o funeral de Estado em Westminster. Em todo o país serão cumpridos dois minutos de silêncio ao meio-dia. Haverá dois cortejos: um em Londres e outro em Windsor.
A Rainha será enterrada no Castelo de Windsor, junto ao pai.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL