As poucas linhas que vou escrever abordam apenas alguns pontos para meditação de todos aqueles que foram à guerra bem como para os que não foram ou nunca irão para qualquer guerra.
As guerras são criadas artificialmente por aqueles que estão nos gabinetes e que nunca irão combater. Compram armas e mantimentos aos fabricantes, formam exércitos, compram meios de transporte, destroem bens e haveres das populações, depois pagam a reconstrução durante décadas, a seguir elogiam-se, exaltam-se e condecoram-se uns aos outros. Em qualquer guerra não há vencedores, todos perdem.
A minha pátria é o mundo, a minha família é a humanidade, os meus amigos são os seres vivos.
A luta pela “pátria” roubou-me três anos de vida.
Para mim a “pátria” são os grandes interesses instalados nos países, os quais convencem os jovens a matarem-se entre si.
A bravura é um misto de medo, inconsciência, loucura e desrespeito pela própria vida.
As condecorações só servem para não darem benefícios a quem deles precisa por causa da guerra e para convencer os novos que as guerras são boas.
Nunca vi ninguém comprar alguma coisa e pagar com as condecorações recebidas.
Para que serve uma condecoração a quem regressou cego da guerra?
Para que serve a bandeira a quem regressou sem as pernas ou sem braços?
Que benefício receberam os mortos ou as suas famílias?
O dinheiro gasto pelos exércitos de todos os países durante um ano dava para erradicar a fome e miséria em todo o mundo para sempre, isto é dito pela própria ONU.
Numa guerra há muitos, dos dois lados, a perderem muito ou tudo o que têm, mas poucos a ganhar imenso.
Nenhuma espécie animal faz a si própria o que nós fazemos.
O egoísmo é a energia da maldade humana!
Estas duas premissas formularam a minha utopia:
Eliminem as fronteiras,
Calem os hinos,
Rasguem as bandeiras,
Destruam as armas,
Abram as consciências,
Para o Mundo ser mais feliz!