Uma pastilha elástica experimental com uma proteína que “apanha” as partículas do novo coronavírus tem o potencial de diminuir a quantidade de vírus na saliva e de ajudar a impedir o contágio quando pessoas infetadas estão a falar, respirar ou a tossir, acreditam os cientistas.
A pastilha contém cópias da proteína ACE2 que se encontra na superfície das células e que o vírus usa como porta de entrada para invadir as células e infetá-las.
Em experiências em laboratório usando saliva e amostras retiradas das zaragatoas feitas a indivíduos infetados, verificou-se que partículas do vírus se ligaram aos recetores ACE2 na pastilha elástica.
Conclusão: a carga viral nas amostras caiu mais de 95%, informou a equipa da Universidade da Pensilvânia.
A pastilha elástica tem a textura e o sabor de uma pastilha normal, pode ser conservada durante anos em temperatura ambiente e a mastigação não danifica as moléculas da proteína ACE2, segundo os cientistas.
O uso desta pastilha elástica para reduzir a carga viral na saliva pode vir a ser particularmente útil em países onde as vacinas contra a covid-19 ainda não estão disponíveis.
O estudo foi publicado na revista Molecular Therapy mas ainda não foi revisto pelos pares.
MAIS DE 5,1 MILHÕES DE MORTOS NO MUNDO
A covid-19 provocou pelo menos 5.148.939 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,91 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse com base em fontes oficiais.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.339 pessoas e foram contabilizados 1.123.758 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
– Notícia da SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL