Skip to content
Postal do Algarve

#liberdadeparainformar
Site provisório

Postal do Algarve

Diariamente, siga online as notícias do Algarve e as mais relevantes de Portugal e do Mundo

Menu
  • Sociedade
    • Ciência
  • Economia
    • Patrocinado
  • Saúde
  • Política
    • Legislativas 2022
  • Cultura
    • Ensino
    • Lazer
  • Desporto
  • Opinião
  • Europe Direct Algarve
  • Edição Papel
    • Caderno Alcoutim
  • Contactos
Menu
Foto D.R.
Sociedade

A história de uma avó que está em Olhão e que foi à Ucrânia buscar o neto porque a mãe é polícia e o pai está impedido de sair

Uma avó que foi buscar o neto, um jovem que fugiu sozinho para a Polónia, ou uma menina, de 12 anos, que pinta retratos, são algumas das “histórias de vida” de refugiados ucranianos que chegaram esta terça-feira a Guimarães.

16:06 15 Março, 2022 16:06 15 Março, 2022 | POSTAL
  • Facebook
  • Twitter
  • Messenger
  • Whatsapp
  • Telegram
  • Email
  • Linkedin
  • Pinterest

Um autocarro com 52 refugiados ucranianos, incluindo três crianças, chegou a Guimarães, vindo de Varsóvia, capital da Polónia, numa iniciativa da Câmara de Guimarães, através da Rede de Solidariedade, em articulação com a Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM do Ave), que agrega oito municípios: Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vila Nova de Famalicão, Vizela e Vieira do Minho.

“Temos uma avó que está em Olhão, no Algarve, que foi de propósito à Ucrânia buscar o neto para o trazer para Portugal, porque a mãe é polícia na Ucrânia e o pai está impedido de sair devido à lei marcial. Contou-me que foi muito difícil sair da Ucrânia com o neto. Houve um comboio que antecedeu o dela que foi atingido pelas tropas russas”, partilha Hugo Quaresma, da Proteção Civil do município de Vieira do Minho, que acompanhou a viagem.

Cinco dias e cerca de sete mil quilómetros depois, eram 09:11 quando o autocarro estacionou junto ao Largo da Mumadona, em Guimarães. Pouco depois, sobretudo mulheres, adolescentes, três crianças, de 3 anos, e três cães, um deles ao colo de uma jovem, começaram a sair do autocarro.

Entre sorrisos, abraços, algumas lágrimas e muito cansaço, os refugiados pegavam nas malas e nas sacas, que foi tudo o que conseguiram trazer de uma guerra que lhes mudou a vida.

Uma das histórias que mais marcou Hugo Quaresma foi a de um jovem, de 17 anos (que vai ficar em Guimarães), que estava institucionalizado no Ucrânia, e que fugiu, sozinho, para a Polónia.

“Ele estava institucionalizado numa instituição na Ucrânia. Com o rebentar da Guerra, fugiu para Varsóvia, completamente sozinho. Tem 17 anos e está sozinho no Mundo. É uma das pessoas que tem de ser seguida, pois não tem mais nenhum tipo de apoio. Nem aqui nem em lado nenhum”, relatou, acrescentado já ter sinalizado o caso junto das autoridades competentes para o seu necessário acompanhamento.

Enquanto Hugo Quaresma partilha as “histórias de vida e heroicas” de alguns dos refugiados, estes vão sendo encaminhados para os carros e pequenos autocarros que os hão-de levar até ao próximo destino: ou para casa de familiares e amigos ou para alojamento disponibilizado pelos municípios.

Uma menina de 12 anos, com jeito para as artes, está entre aqueles que também vão ficar em Guimarães.

“Temos uma miúda, de 12 anos, que gosta imenso de arte e também vai ficar aqui em Guimarães. Ela fala muito bem inglês, já aprendeu algumas palavras em português, e, ontem à noite [segunda-feira], em 10 minutos, fez o meu retrato dentro do autocarro”, revela Hugo Quaresma, que fez a viagem juntamente com quatro motoristas e um tradutor.

Outra das “passageiras” é uma jovem que trabalhava como revisora nos caminhos de ferro ucranianos e que teve de fugir com a filha, deixando os pais e o marido na Ucrânia.

“São histórias de vida que estão aqui dentro e que, infelizmente, se viram no meio desta guerra sem saberem porquê. Uns disseram que vão voltar, outros já têm familiares em Portugal e vão cá ficar, mas, principalmente, os mais velhos, com o saudosismo, têm a intenção de voltar à Ucrânia”, referiu Hugo Quaresma.

Alguns dos refugiados que constavam da lista para trazer para Portugal não conseguiram embarcar.

“Uma mãe e um filho não puderam vir, porque o filho ficou doente. E era um risco fazer a viagem com a criança doente até Portugal. Conseguimos substituir por outras pessoas”, afirmou.

Para este técnico da Proteção Civil da autarquia de Vieira do Minho, esta experiência foi marcante a vários níveis.

“Não podemos mudar o Mundo, é impossível. Em Guimarães, em Vieira do Minho, em Portugal. Mas o povo da CIM do Ave mudou o Mundo desta gente e isso é que é importante. Ficámos contentes por trazer estas pessoas para aqui sãs e salvas. Fizemos o nosso trabalho”, declarou Hugo Quaresma, com a voz embargada.

Tomar um banho é agora o desejo de Hugo Quaresma, algo que não faz desde sexta-feira, dia em que o autocarro saiu de Guimarães.

A guerra na Ucrânia provocou milhares de mortos e feridos, mas o número preciso está ainda por determinar.

A ONU contabilizou 636 civis mortos e 1.125 feridos até domingo, mas tem alertado insistentemente que o número deverá ser substancialmente superior.

Mais de três milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde o início da guerra, naquela que já é considerada a prior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Há um novo POSTAL do ALGARVE nas bancas com o Expresso 🌍

Últimas

  • Loulé acolhe encontro nacional com especialistas na área da Proteção Civil
    Loulé acolhe encontro nacional com especialistas na área da Proteção Civil
  • Amor não tem género, cor ou idade: Dia dos Namorados celebra-se na Herdade Foz da Represa
    Amor não tem género, cor ou idade: Dia dos Namorados celebra-se na Herdade Foz da Represa
  • Taça de Portugal de Futsal: Albufeira defronta Sporting e o Benfica o Candoso
    Taça de Portugal de Futsal: Albufeira defronta Sporting e o Benfica o Candoso
  • Insolvências de empresas caem 5,7% em janeiro e constituições sobem 2,8%. No distrito de Faro insolvências aumentaram 157%
    Insolvências de empresas caem 5,7% em janeiro e constituições sobem 2,8%. No distrito de Faro insolvências aumentaram 157%
  • INE revela que apenas um em cada quatro alojamentos está adequado ao número de residentes
    INE revela que apenas um em cada quatro alojamentos está adequado ao número de residentes

Opinião

  • O essencial sobre a azia e a doença do refluxo gastroesofágico | Por Mário Beja Santos
    O essencial sobre a azia e a doença do refluxo gastroesofágico | Por Mário Beja Santos
  • Leitura da Semana: Perder o Paraíso, de Lucy Jones | Por Paulo Serra
    Leitura da Semana: Perder o Paraíso, de Lucy Jones | Por Paulo Serra
  • Ninguém vai para a política de forma forçada. Ao fazê-lo, existem incómodos e exposições dolorosas da vida privada e deve aceitá-las | Por Mendes Bota
    Ninguém vai para a política de forma forçada. Ao fazê-lo, existem incómodos e exposições dolorosas da vida privada e deve aceitá-las | Por Mendes Bota
  • A Vinha, o Vinho e o Turismo | Por Elidérico Viegas
    A Vinha, o Vinho e o Turismo | Por Elidérico Viegas

Europe Direct Algarve

  • Taxas Euribor a seis meses batem novo recorde, renovaram a um máximo de 14 anos
    Taxas Euribor a seis meses batem novo recorde, renovaram a um máximo de 14 anos
  • Sentimento económico recupera em janeiro na UE e na zona euro
    Sentimento económico recupera em janeiro na UE e na zona euro
  • Programa de financiamento CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores pelo comissário Reynders [vídeo]
    Programa de financiamento CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores pelo comissário Reynders [vídeo]
  • Política de Privacidade, Estatuto Editorial e Lei da Transparência
Configurações de privacidade
©2023 Postal do Algarve