O início dos trabalhos da nova ponte rodoviária vem despertando um crescente sentimento de indignação e impotência face à obstinação dos responsáveis em alterar este inútil e supérfluo projecto.
O decurso dos anos entre o início e a sua concretização veio dar maior relevância às objeções então levantadas alargando progressivamente o número dos críticos.
Ressuscitar a “ponte militar” instalada para substituir, provisoriamente a Ponte Romana, não obstante a sua recuperação e a construção de mais duas, não pode ser aceite, abrindo uma profunda ferida naquele delicado e harmonioso espaço.
Não reconhecer a necessidade de se proceder à reconversão daquele projecto para peões e ciclistas, com substancial economia de custos, constituirá uma atitude de manifesta miopia com as inevitáveis consequências políticas que dai advém.
Caso assim não suceda outros seguramente melhores virão, assumindo o mérito de curar aquela “chaga”.