São até agora 37 os casos confirmados laboratorialmente de varíola dos macacos. O surto teve início na semana passada e a Direção-Geral da Saúde (DGS) revela esta segunda-feira que foram diagnosticadas mais 14 infeções. A maioria dos casos continuam a ser em homens jovens.
Com um início concentrado na região de Lisboa, os doentes passaram a dispersos também pelo Algarve e pelo Norte. A DGS adianta ainda que há mais suspeitas, aguardando-se os resultados relativamente a essas amostras.
“Os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Entre as amostras disponíveis, foi identificada, através de sequenciação, a clade (subgrupo do vírus) da África Ocidental, que é a menos agressiva”, diz a autoridade de Saúde em comunicado. Os infetados estão “estáveis e em ambulatório”.
A infeção tem um período de incubação que pode ir até aos 21 dias e os peritos continuam a desenvolver “os inquéritos epidemiológicos dos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos”. A DGS reitera que “os indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico” e, “perante sintomas suspeitos, abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estádio, ou outros sintomas”.
A doença foi já identificada em 12 países e a Organização Mundial da Saúde admite que continue a propagar-se.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL