É de Vila Real de Santo António e dá graças por ter salvo uma menina de sete anos. Ricardo Mestre partilhou o seu sentimento de gratidão na sua página de Facebook que está a comover milhares de pessoas, “para que consigam perceber que não custa nada salvar uma vida”.
O POSTAL regozija-se com a inspiradora atitude deste casal algarvio e partilha o comovente texto de Ricardo Mestre:
“Tudo isto começou há 10 anos atrás quando me propuseram a vontade de inscrever-me num banco de Dadores de Medula Óssea chamado de CEDACE, e eu sem hesitar aceitei.
Decorridos 9 anos e meio entraram em contato comigo, explicando-me que existia a possibilidade de eu ser compatível com alguém que necessitava de um transplante de Medula, mas que nada era certo pois havia outros dadores que poderiam ser mais compatíveis do que eu e seria necessário fazer análises para apurar qual seria o mais compatível.
Para minha alegria e com muito espanto acabei por saber que tinha sido eu o escolhido e que, no espaço de um mês, teríamos que fazer todo o processo. Processo este que foi nos cinco dias antecedentes ao transplante. Temos que dar 10 injeções que fazem com que umas “células regenerativas”, que se encontram junto aos nossos ossos, se descolem e passem a circular no nosso sangue, para que depois possa ser retiradas por esta máquina [ver foto]. Ficamos com algumas dores nas articulações mas nada do outro mundo.
Estive 5 horas ligado à máquina. Neste momento já me encontro em casa e de coração cheio, com o sentimento de missão cumprida!
Por Lei, a identidade do doente permanece em sigilo e só nos facultam o género e a idade. No meu caso foi para uma Princesinha com apenas 7 anos!!!
Desejo que tudo corra pelo melhor e que tenha uma vida cheia de felicidade e amor, que daqui para frente a vida só lhe traga sorrisos…
Quero agradecer a todas as pessoas que me acompanharam em todo este processo, principalmente a minha mulher Filipa Casaca Mestre que esteve cmg sempre e foi a minha enfermeira pessoal e a toda a equipa do IPO de Lisboa da parte de transplantes de Medula (Dr. Elisabete Pereira, Enf. Mónica Cunha, Enf. Margarida e a toda a restante equipa) por toda a atenção e amabilidade que tiveram connosco.
Agora, peço a todos os amigos, conhecidos e desconhecidos que leram todo este texto que PARTILHEM o máximo possível esta publicação, para que consigam perceber que não custa nada salvar uma vida.
Hoje pelos outros, amanhã por nós!
Inscrevam se no CEDACE…”
Inscreva-se em: www.apcl.pt/pt/informacoes/seja-dador-de-medula