Os adultos com mais de 65 anos estão habituados a rotinas consolidadas, mas uma delas pode não estar a jogar a seu favor. A prática de tomar banho todos os dias, tão normalizada ao longo da vida, começa a levantar problemas quando a pele entra na terceira idade e perde resistência. A explicação não é intuitiva, mas é clara: a partir desta fase, o banho diário com sabão pode agravar secura, irritações e desconforto.
De acordo com o Notícias ao Minuto, a pele envelhece de forma progressiva e evidente, mesmo que nem sempre seja perceptível no dia a dia. A produção de oleosidade diminui, a camada superficial torna-se mais fina, a elasticidade perde-se e a renovação celular abranda. Estas mudanças fazem com que a pele madura seja mais vulnerável a agressões, sobretudo quando exposta a lavagens frequentes e demasiado intensas.
Segundo a mesma fonte, a dermatologista Sylvie Meaume recorda que os idosos tendem a desenvolver pele mais seca, o que pode originar comichão persistente e maior sensibilidade.
Porque é que os banhos diários deixam de ser recomendados
Com o avançar da idade, a barreira natural da pele, um filme hidrolipídico responsável por manter a hidratação e proteger contra agressões externas, torna-se mais frágil. Sempre que se usa sabonete em excesso ou se esfrega o corpo com demasiada força, essa camada protetora pode ser removida.
O resultado traduz-se muitas vezes em irritações, desconforto e desidratação. Por isso, a prática comum de lavar o corpo inteiro com sabão todos os dias pode ser contraproducente.
A frequência adequada de banho para idosos
Os especialistas recomendam um equilíbrio diferente do habitual. A orientação mais consensual aponta para dois banhos completos por semana, utilizando sabão em todo o corpo nesses dias.
Nos restantes, basta passar o corpo por água, sem produtos, preservando a camada protetora da pele. Ainda assim, há exceções que se mantêm essenciais: axilas, pés e zona íntima devem ser lavados diariamente, mesmo nos dias em que não se realiza um banho tradicional.
Dicas para cuidar da pele madura
A rotina de higiene deve ser adaptada sem dramatismos. A temperatura da água é um dos primeiros pontos a rever, já que a água demasiado quente potencia a secura.
A duração do banho também pesa: três a quatro minutos são suficientes, segundo um estudo da Universidade de Harvard. Produtos suaves, como óleos de banho hidratantes ou sabonetes dermatológicos, ajudam a minimizar agressões. No final, a secagem deve ser feita com toques leves, evitando esfregar.
Um ajuste simples para um impacto significativo
Rever a forma como se toma banho a partir dos 65 anos pode parecer um detalhe menor, mas a verdade é que este hábito tem impacto direto no conforto e na saúde da pele. A redução do uso de sabonete não elimina a higiene, apenas a adapta às necessidades reais da pele envelhecida.
Segundo o Notícias ao Minuto, esta mudança ajuda a prevenir secura, irritações e até episódios de eczema. Uma rotina mais suave é, afinal, uma escolha simples que pode fazer toda a diferença na vida quotidiana.
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