Com exceção do Algarve (-1,3%), todas as outras regiões registaram um aumento da natalidade – Norte (+6,2%), Centro (+5,5%) e Área Metropolitana de Lisboa (+6,0%) -, refere o INE, assinalando que na Madeira foi registada a menor subida (+0,8%).
Os dados das Estatísticas Vitais do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje publicadas, indicam também que o número de nascimentos subiu para 83.671 em 2022, mais 5,1% do que no ano anterior, enquanto o número de óbitos baixou para os 124.311 (menos 0,4%).
“O aumento do número de nados-vivos e o decréscimo do número de óbitos determinaram o desagravamento do saldo natural [diferença entre o número de nados-vivos e o número de mortes, num dado período de tempo], de menos 45.220 em 2021 para menos 40.640 em 2022”, mas mantém-se negativo em todas as regiões.
Do total de nascimentos, 42.925 eram meninos e 40.746 meninas, representando uma relação de masculinidade de 105 (por cada 100 crianças do sexo feminino nasceram cerca de 105 do sexo masculino).
Taxa de mortalidade infantil aumentou
A taxa de mortalidade infantil aumentou em 2022, de 2,4 para 2,6 óbitos por mil nados-vivos, num ano em que o número de nascimentos aumentou 5,1%, revelam dados oficiais hoje divulgados.
Segundo os dados do INE, morreram 217 crianças com menos de um ano no ano passado, mais 26 do que em 2021.
Estes números refletem-se num aumento da taxa de mortalidade infantil, de 2,4 óbitos por mil nados-vivos em 2021 para 2,6 em 2022.
O INE destaca também que, em 2022, os bebés nascidos fora do casamento (filhos de pais não casados entre si), aumentou para 60,2%, representando pelo oitavo ano consecutivo mais de metade do total de nascimentos em Portugal.
Quase 65% dos nascimentos corresponderam a mães com idades dos 20 aos 34 anos, 33,2% a mães com 35 e mais anos e 1,9% a mães menores de 20 anos.
Os dados sublinham que, entre 2013 e 2022, registaram-se decréscimos nas proporções de nados-vivos de mães com menos 20 anos e com idades dos 20 aos 34 anos, respetivamente de 1,6 e de 5,3 pontos percentuais (p.p.).
Em contrapartida, verificou-se um aumento de 6,9 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com 35 e mais anos.
A idade média da mãe ao nascimento de um filho foi 32,2 anos e a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho foi 30,8 anos. Entre 2013 e 2022, registou-se um aumento de 1,2 anos na idade média ao nascimento de um filho e de 1,4 anos na idade média ao nascimento do primeiro filho.
Relativamente aos óbitos, o INE salienta que, dos 124.311 óbitos, 62.615 eram homens e que em janeiro e fevereiro de 2022 houve um decréscimo da mortalidade em relação aos meses homólogos de 2021 (-40,4% e -16,6% óbitos, respetivamente), sendo que o mês de dezembro foi o que registou maior mortalidade (12.269 óbitos).
A mortalidade diminuiu no Centro (-1,8%), na Área Metropolitana de Lisboa (-5,4%), no Alentejo (-3,6%) e no Algarve (-0,4%).
Na região Norte e nas regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, registaram-se acréscimos na mortalidade, sendo que o maior aumento se verificou nesta última (+14,6%).
De acordo com os dados, 86,6% dos óbitos corresponderam a pessoas com 65 e mais anos e mais de metade (60,7%) a pessoas com mais de 80 anos.