Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto desenvolveram uma tatuagem eletrónica temporária capaz de medir a temperatura e o movimento do corpo. Esta tecnologia inovadora pode ser utilizada para monitorizar feridas em doentes diabéticos, detetar inflamações e acompanhar a evolução de queimaduras. A solução é acessível e pode estar disponível no mercado dentro de cinco anos.
Como funciona?
As tatuagens eletrónicas funcionam de forma semelhante às tatuagens temporárias infantis. Aplicam-se na pele com um pouco de água e aderem sem causar desconforto. O diferencial desta tecnologia está na utilização de tinta imprimível com sensores termoelétricos, que permitem a medição precisa da temperatura corporal e do movimento. Os dados recolhidos, como explica a SIC Notícias, são transmitidos para um dispositivo eletrónico, como um telemóvel ou um computador, facilitando a monitorização remota do estado de saúde do utilizador.
Aplicabilidades na saúde
Esta tecnologia pode trazer benefícios significativos para a área da saúde, especialmente no acompanhamento de condições crónicas. Entre as principais aplicações destacam-se:
- Monitorização de feridas e cicatrização em doentes diabéticos;
- Prevenção de escaras em pacientes acamados;
- Detecção precoce de inflamações;
- Controlo da evolução de queimaduras.
Sustentabilidade e segurança
A biocompatibilidade da tatuagem é assegurada pelo uso de papel de tatuagem comercial, que garante conforto e segurança ao utilizador. A tinta contendo sensores termoelétricos está encapsulada, evitando o contacto direto com a pele e reduzindo o risco de reações adversas.
Perspectivas futuras
Os investigadores planeiam expandir as capacidades da tatuagem eletrónica, incluindo medição do pH, humidade e presença de poluentes na pele. A tecnologia tem potencial para se tornar um importante aliado da medicina preventiva e do acompanhamento remoto de pacientes. Com base na metodologia utilizada, espera-se que a solução seja comercializada nos próximos cinco anos.
Leia também: Seguros no E-Fatura: saiba o que pode deduzir no IRS e como o fazer