São Brás de Alportel passa a contar com 11 desfibrilhadores automáticos externos com vista a uma resposta rápida e eficaz a situações de paragem cardiorrespiratória que possam ocorrer.
O Programa Municipal de Desfibrilhação Automática de São Brás de Alportel criado em 2016 foi ampliado no final de 2023, numa decisão que permitiu capacitar a rede de desfibrilhadores da vila de dois equipamentos de primeira resposta a situações de paragem cardiorrespiratória para 11 desfibrilhadores.
No passado dia 1 de março, Dia Internacional da Proteção Civil, numa ação promovida pelo Serviço Municipal de Proteção Civil foi realizada visita, por alguns parceiros deste projeto, nomeadamente Bombeiros Voluntários, GNR e Agrupamento de Escolas, a um dos equipamentos instalados junto à Escola Secundária, tendo sido realizado teste ao seu funcionamento.
A autarquia explica que “até ao momento, estavam instalados dois desfibrilhadores automáticos no Pavilhão Municipal Dr. José de Sousa Pires e nas Piscinas Municipais Cobertas, equipamentos que concentram grande número de utentes, e quatro nos veículos de socorro do Corpo de Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel”.
Os quatro novos equipamentos estão instalados em espaços públicos: junto à Escola Secundária José Belchior Viegas, zona que abrange o Quartel GNR e área de grande densidade habitacional; junto à Escola Poeta Bernardo de Passos e Parque de Desporto e Lazer (que integra Campo de Futebol Municipal – Sintético, Skate Parque, Campo de Basquetebol e Complexo de Petanca), perto do Centro Escolar com diversos equipamentos de ensino, uma creche e uma área habitacional.
Estão também instalados junto ao Mercado Municipal, em pleno centro urbano que concentra a maioria dos estabelecimentos comerciais e a zona de maior densidade habitacional e no Centro Histórico, na proximidade da Câmara Municipal, Biblioteca Municipal, Centro de Artes e Ofícios, Piscinas Descobertas e Igreja Matriz.
Desfibrilhadores aguardam licenciamento pelo INEM
Os novos equipamentos já instalados nas zonas exteriores já estão em funcionamento e aguardam apenas o licenciamento pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Esta é uma medida fundamental para a proteção civil e segurança da comunidade, que o Município espera que possa ser uma mais-valia e possa fazer diferença na assistência a quem sofra uma paragem cardiorrespiratória.
Este projeto integra a constituição de um largo grupo de cidadãos voluntários que se disponibilizam para colaborar nesta missão cívica que pode salvar vidas.
Por isso, em paralelo a esta instalação, o Município está a promover ações de formação de suporte básico de vida com desfibrilhador automático externo para operacionais que laboram nas proximidades destes equipamentos.
Num esforço para aumentar a capacidade de resposta a estas situações que podem ocorrer no espaço público do concelho, o Município de São Brás de Alportel está a disponibilizar estes equipamentos para utilização comunitária para o qual foram investidos de 7.500 euros, acrescidos de IVA, para o aluguer destes equipamentos à empresa Blue Ocean Medical, Lda.
Em sintonia com este esforço municipal, numa parceria com o Agrupamento 1330 de São Brás de Alportel do Corpo Nacional de Escuteiros, foi também adquirido pelo município um desfibrilhador com respetiva formação de alguns elementos do agrupamento para que possam estar aptos a agir rápida e eficazmente perante situações de PCR, permitindo assim ter também um desfibrilhador móvel para apoio à atividade escutista e a eventos do município.
A autarquia recorda que, segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica, “os casos de morte súbita cardíaca assumem números assustadores a nível nacional, registando-se mais de 10 mil ocorrências anuais”.
“Em caso de paragem cardiorrespiratória (PCR) todo o tempo conta. Estima-se que em cerca de 57 por cento das PCR registadas não sejam realizadas manobras de reanimação, e existe apenas um desfibrilhador automático externo por cada 10 mil habitantes, pelo que em média só três por cento das pessoas que sofrem uma PCR em ambiente pré-hospitalar sobrevivem”, conclui.
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