Um grupo de investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido desenvolveu um teste (UKBDRS) para diagnosticar precocemente a demência. Foram descobertos 11 fatores de risco que podem aparecer até 14 anos antes de os pacientes receberem um diagnóstico oficial.
O estudo analisou dados de 220 mil pessoas com idades entre os 50 e 73 anos, inseridos na UK Biobank, uma base de dados biomédica e de documentação de investigação, com informações genéticas e de saúde detalhadas sobre cerca de meio milhão de participantes do Reino Unido. Foi posteriormente publicado na revista BMJ Mental Health.
Os dados foram submetidos a análises a fim de criar a ferramenta de avaliação de riscos, e os registos de 2934 indivíduos (do estudo Whitehall II), com idade média de 57 anos, foram utilizados para validar essa ferramenta.
Os pesquisadores reuniram 28 tópicos associados ao progresso da demência, optando por incluir apenas os considerados ‘mais fortes’. Além das variáveis de risco, os cientistas também examinaram a presença do gene APOE nos indivíduos, um marcador frequentemente associado ao desenvolvimento do Alzheimer.
Estes são os 11 fatores de risco considerados mais relevantes:
1- Idade;
2- Baixa escolaridade;
3- Histórico de diabetes;
4- Histórico de depressão;
5- Histórico de acidente vascular cerebral (AVC);
6- Histórico parental de demência;
7- Vulnerabilidade social;
8- Pressão alta;
9- Colesterol alto;
10- Morar sozinho;
11- Ser homem.
De recordar que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer. Doenças essas que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo. O número segundo a OMS pode chegar aos 75.6 milhões, em 2030, e chegar aos 135.5 milhões, em 2050.
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