A diabetes assume proporções preocupantes em Portugal, com cerca de 1 milhão de portugueses a viver com esta doença, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (FID). O Atlas da Diabetes revela que sete em cada dez pacientes só descobrem que têm a condição após desenvolverem complicações, destacando a urgência de sensibilização e diagnóstico precoce.
O enigma da diabetes
Esta doença crónica resultante do aumento da glicose no sangue, tem sido alvo de bastante investigação, sendo a condição mais pesquisada no Google no último ano. No entanto, estima-se que uma parte significativa dos portugueses com diabetes, 43,6% de acordo com a FID, dados de 2021, desconheça a sua condição, agravando-se quando complicações, como a dificuldade de cicatrização, se manifestam.
Sintomas silenciosos
Os sinais de alerta passam muitas vezes despercebidos, e é na fase de pré-diabetes que os sintomas podem ser identificados. Perda de peso acentuada, vontade frequente de urinar durante a noite, sede excessiva e visão turva são indicadores que não devem ser ignorados.
Descoberta tardia
O diagnóstico tardio é uma realidade preocupante, com 70% dos pacientes a descobrirem a diabetes apenas quando complicações, como dificuldade de cicatrização, já se manifestaram. A deteção precoce, idealmente na fase de pré-diabetes, é crucial para evitar complicações mais graves.
Tipos de diabetes
Existem quatro tipos principais: pré-diabetes, diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. O tipo 1 é uma doença autoimune, enquanto o tipo 2 está associado à obesidade e ao envelhecimento. A diabetes gestacional afeta mulheres grávidas e requer acompanhamento específico.
Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico é feito através de exames de sangue de rotina, sendo crucial para pessoas com mais de 45 anos realizar o teste pelo menos anualmente. A hemoglobina glicada é um indicador importante para avaliar o controlo da glicose nos últimos três meses.
Estilo de vida e diabetes
A prevenção da envolve mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. Apesar de maiores incidências em pessoas acima dos 45 anos e com excesso de peso, esta condição não discrimina e pode afetar qualquer faixa etária.
Alimentação adequada
A alimentação não implica restrições severas, sendo recomendada uma dieta saudável e equilibrada. A preferência por um estilo de vida saudável, evitando alimentos gordurosos e excesso de hidratos de carbono, é essencial.
Esta condição continua a ser um desafio significativo para a saúde em Portugal, com a descoberta tardia a contribuir para complicações evitáveis. A sensibilização para os sintomas, a realização de exames de rotina e a adoção de um estilo de vida saudável são medidas cruciais para combater esta doença que afeta milhões de portugueses.
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