A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou esta tarde, sexta-feira, que não há falta de médicos nos centros hospitalares universitários do Algarve e de Coimbra, admitindo que poderá ser necessário rever escalas e formas de organização.
“Não me parece que haja falta de médicos no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve nem nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Os números são públicos sobre aquilo que são os profissionais de saúde que existem no Serviço Nacional de Saúde e concretamente nesses hospitais”, referiu em declarações registadas pela Antena 1, em reação a informações sobre riscos de falência das urgências daqueles hospitais.
“Provavelmente, é necessário rever escalas, rever formas de organização”, disse a ministra da Saúde.
A polémica na saúde do Algarve agravou-se ontem com os chefes de equipa de Cirurgia do Hospital de Faro informaram esta quinta-feira que estão indisponíveis para fazer urgências a partir de 1 de janeiro.
Aos jornalistas, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, manifestou, ontem no Algarve, total solidariedade” para com aqueles profissionais, que “estão muitas vezes a trabalhar sem a segurança clínica adequada”.
Também aos jornalistas, à margem do encontro, a presidente do Conselho de Administração do CHUA, Ana Paula Gonçalves, disse que caso os cirurgiões avancem com a intenção de não fazer urgências em 01 de janeiro, o serviço será garantido por um conjunto de 12 médicos tarefeiros que já “há muito tempo” que colmatam estas falhas.