A situação do país volta a agravar-se com metade dos concelhos do país a terem algum nível de risco associado (muito elevado, elevado ou alerta, consoante a sua densidade populacional) – são 153 dos 308 concelhos, mais 38 municípios do que na semana anterior, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizado esta sexta-feira.
As medidas de contenção atualmente em vigor não diferenciam os municípios, mas mesmo sem aplicação prática há ainda 75 concelhos no país em risco muito elevado, mais seis do que na semana passada.
Proença-a-Nova que está com 1947 casos por 100 mil habitantes, mantém a incidência de novos casos a 14 dias mais alta do país. É também o valor mais alto verificado desde o início de março (em 25 semanas).
Para além de Proença-a-Nova, na região Centro, os restantes concelhos com incidência mais alta concentram-se no Algarve e no Alentejo, com Sousel a distinguir-se com 970 casos por 100 mil habitantes.
NÚMERO DE NOVOS CASOS POR 100 MIL HABITANTES
Incidência cumulativa a 14 dias, entre 29 de julho e 11 de agosto
O CASO DO ALGARVE
Toda a região do Algarve está com nível de risco muito elevado (10 concelhos) – com maior destaque para Vila do Bispo, Portimão, Lagos, Albufeira, Lagoa, Loulé e Faro – ou elevado (6 concelhos).
Vila do Bispo registou a maior subida nacional face à semana passada, mas todos os outros municípios algarvios baixaram a incidência – Portimão, ainda com 986 casos por 100 mil, é o terceiro valor mais alto do país, mas baixou o registo de novos casos pela segunda semana consecutiva.
Da lista dos 10 concelhos nacionais com mais casos, 6 são do Algarve com uma taxa de incidência de 1321 em Vila do Bispo e de 986 em Portimão.
Lisboa continua em tendência decrescente, passando de 595 para 554 novos casos por 100 mil habitantes. Ainda assim, é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa com o valor mais elevado. O Porto recuou também de 685 para 558 casos por 100 mil, um valor idêntico ao da capital.
PESQUISE POR CONCELHO
Em relação à semana passada, a incidência agravou-se em 101 concelhos, menos 12 do que os aumentos registados na semana anterior; melhorou em 183 concelhos (+4) e manteve-se na mesma em 24 (+8). Ou seja, 2/3 dos concelhos do país estão com incidência mais baixa ou igual à da semana passada. A maioria dos concelhos que registaram maior aumento são de baixa densidade populacional e são por isso mais voláteis nas variações semanais. Esposende, Alpiarça e Valença são os concelhos de alta densidade com maiores subidas na incidência a 14 dias.
Há dez concelhos (+3) sem nenhum novo caso confirmado nas últimas duas semanas e sete são no Continente: Castanheira de Pêra, Constância, Freixo de Espada à Cinta, Manteigas, Marvão, Mesão Frio e Penedono.
AÇORES
Ribeira Grande, Vila Franca do Campo, Lagoa, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo, Vila da Praia da Vitória, Horta, Vila do Porto, Velas e Nordeste são os dez municípios açorianos que têm uma incidência acima de 120 novos casos por 100 mil habitantes, por ordem decrescente de incidência. Por outro lado, há três concelhos no arquipélago que continuam sem nenhuma nova infeção: Calheta (S. Jorge), Santa Cruz das Flores e Corvo.
MADEIRA
Na região da Madeira, cinco dos 11 concelhos estão acima do patamar dos 120 casos por 100 mil habitantes, mais um do que na semana passada: São Vicente, Funchal, Machico, Porto Santo e Santa Cruz. São Vicente teve a 5.ª maior subida a nível nacional.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso