A evolução da pandemia em Portugal mostra uma tendência estável a nível nacional, sendo o Algarve a única região com incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes (748), segundo o mais recente relatório da DGS e do INSA com a Monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19, publicado esta sexta-feira. É também essa a leitura dos dados da incidência por concelho publicados no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizado também esta sexta-feira.
Em relação ao relatório anterior, o número de concelhos do país a ter algum nível de risco associado (muito elevado, elevado ou alerta, consoante a sua densidade populacional) passa de 153 para 152, dos quais 16 são do Algarve.
As medidas de contenção atualmente em vigor não diferenciam os municípios, mas mesmo sem aplicação prática há ainda 62 concelhos no país – dos quais 8 no Algarve – em risco muito elevado, menos 13 do que na semana passada.
Boticas (1502) e Mourão (1069), ambos de baixa densidade populacional, revelaram as maiores subidas semanais. Há ainda outros três casos de incidências acima de 960 casos por 100 mil habitantes: Vila do Bispo (1360), Lagos (1275) e Albufeira (990), todos no Algarve, todos com agravamento da situação face à semana anterior.
No extremo oposto, Proença-a-Nova, que tinha a incidência mais alta na semana passada, revelou a maior descida semanal — passou de 1947 novos casos por 100 mil habitantes para 511, uma incidência ainda acima do patamar de referência (480), mas com uma evolução muito positiva.
NÚMERO DE NOVOS CASOS POR 100 MIL HABITANTES
Incidência cumulativa a 14 dias, entre 5 e 18 de agosto
À exceção de Alcoutim, toda a região do Algarve está com nível de risco muito elevado ou elevado. Lagos e Albufeira foram os que agravaram mais a sua situação.
Lisboa continua em tendência decrescente, tendo passado de 554 para 540 novos casos por 100 mil habitantes. Ainda assim, é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa com o valor mais elevado, seguindo-se de Cascais (401) e Oeiras (395).
O Porto recuou de forma mais robusta: de 558 casos por 100 mil habitantes passou para 473.
PESQUISE POR CONCELHO
Em relação à semana passada, a incidência agravou-se em 139 concelhos, mais 38 do que os aumentos registados na semana anterior; melhorou em 151 concelhos (menos 32) e manteve-se na mesma em 18 (menos 6).
A maioria dos concelhos que registaram um aumento na incidência são de baixa densidade populacional e são por isso mais voláteis nas variações semanais. Lagos, Alpiarça e Albufeira são os concelhos de alta densidade com maiores subidas na incidência a 14 dias.
Há menos três concelhos a não registarem novos casos nos últimos 14 dias, ainda assim são sete e três são no Continente: Mêda, Marvão e Penedono.
AÇORES
Há nove municípios açorianos com incidência superior a 120 novos casos por 100 mil habitantes, para além dos sete municípios da ilha de São Miguel, também Velas, em São Jorge, e a Horta (Faial) estão acima desse patamar. Por outro lado, há quatro concelhos no arquipélago que continuam sem nenhuma nova infeção: São Roque do Pico, Lajes das Flores, Santa Cruz das Flores e Corvo.
MADEIRA
Na região da Madeira, sete dos onze concelhos estão acima do patamar dos 120 casos por 100 mil habitantes, mais dois do que na semana passada. São Vicente tem o valor mais alto do arquipélago, 352 casos por 100 mil habitantes, embora tenha reduzido a incidência em relação ao último boletim.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso