Uma mãe que se encontrava impedida pela Justiça de retirar a filha do hospital de Faro, uma bebé de um mês de vida, fugiu esta quinta-feira com a criança. A bebé estava sinalizada ao abrigo da proteção de crianças porque a mãe terá problemas de adição. Já lhe foram retirados, inclusive, outros filhos, avança o Jornal de Notícias.
Segundo a mesma fonte, “a bebé estava no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), em Faro, sem problemas de saúde, mas a aguardar decisão judicial sobre o seu acolhimento. O caso ocorreu durante a tarde de quinta-feira durante a visita da mãe à bebé, o único contacto que estava autorizado pelo tribunal”.
Paulo Neves, do conselho de administração do CHUA, explicou ao JN que “a bebé encontrava-se na Unidade Hospitalar no âmbito das medidas de Promoção e Proteção Cautelar de Crianças e Jovens em Risco, mas sem motivo clínico, e a aguardar decisão judicial sobre acolhimento definitivo”.
O incidente, segundo Paulo Neves, ocorreu “com a progenitora que estava autorizada a visitas, do Serviço de Pediatria da Unidade Hospitalar de Faro, ao final da tarde do dia 26 de outubro”. Foram ativados, “de imediato todos os protocolos de segurança, de comunicação e colaboração com as entidades competentes, estando o caso a ser acompanhado pelas entidades policiais”.
A bebé nasceu há um mês no Hospital Particular do Algarve, em Gambelas, Faro, mas quando os profissionais de saúde perceberam que a mãe tinha problemas de dependência e que já lhe tinham retirado outros filhos, encaminharam a recém-nascida para o hospital público mais próximo, o qual posteriormente informou as autoridades judiciais.
A mãe tinha permissão para visitar a criança, o que fazia diariamente de acordo com uma fonte hospitalar do JN, no entanto, estava impedida de retirar a bebé da unidade hospitalar.
Uma fonte da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) confirmou, ao mesmo jornal, que estão a realizar diligências para localizar a bebé e a mãe.
A administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) iniciou uma investigação interna com o objetivo de apurar se ocorreram falhas de segurança.
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