Y Ping Chow disse à Agência Lusa que “grande parte são negócios familiares, e como nesta altura estão a sentir uma grande quebra nos negócios, aproveitam para encerrar para férias. É algo temporário, pois no próximo mês já devem reabrir”.
O dirigente garantiu que a comunidade chinesa em Portugal não tem sentido medo nem discriminação relacionada com o novo coronavírus, e que esta medida de encerrar alguns espaços comerciais se prende apenas com “a questão de negócio”.
“Felizmente, tomámos medidas e não aconteceu nada relacionado com o coronavírus junto da comunidade chinesa. Não temos qualquer caso. Pelo que tenho lido, a grande parte dos casos veio de Itália”, vincou Y Ping Chow.
Ainda assim, o presidente da Liga dos Chineses em Portugal garantiu que o organismo que dirige continuará a desenvolver ações de “prevenção e aconselhamento” junto da comunidade, assegurando que estará “atento à evolução da situação”.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.
A China registou segunda-feira mais uma queda no número de novos casos de infeção, 19, face a 40 no dia anterior, somando agora um total de 80.754 infetados e 3.136 mortos, na China Continental.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.
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