A partir de agora, as farmácias estão restritas a vender medicamentos com comparticipação para um período máximo de dois meses, incluindo os pacientes crónicos que fazem uso de medicação permanente. Essas novas diretrizes entraram em vigor em 16 de novembro.
Anteriormente, as farmácias tinham permissão para disponibilizar no máximo duas embalagens de cada medicamento por utente. Com a recente alteração, essa dispensa de medicamentos está limitada a um período de dois meses.
Esta medida, que engloba os medicamentos com comparticipação, também é aplicável aos doentes crónicos que fazem uso de medicação permanente.
No entanto, essa restrição pode representar um desafio para os doentes crónicos que residem em áreas rurais e enfrentam dificuldades para deslocar-se até à farmácia, como é o caso de Adelino que falou à SIC e que necessita de medicação crónica. A limitação na dispensa de medicamentos visa uma maior vigilância sobre a medicação dos doentes.
Para quem vive num meio rural, as dificuldades são acrescidas, e o transtorno muito maior. Adelino, que é doente cónico e toma medicação de forma permanente lamentou ao mesmo canal que “vive longe” e vai passar a a “ter de vir mais vezes” à farmácia. “É longe, se desse para mais, mais levaria, mas não temos transportes”, referiu ainda.
O propósito, conforme explicado por uma farmacêutica à SIC, é combater o desperdício de medicamentos, evitar o acúmulo excessivo de caixas por parte das pessoas e, simultaneamente, “permitir que a farmácia colabore no controlo dos doentes”.
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