MARCHA-ATRÁS NO DESCONFINAMENTO NA EUROPA
ÁUSTRIA
O país iniciou esta semana um novo período de confinamento geral, previsto para durar até 13 de dezembro, e que poderá ser prolongado mais 20 dias. Já decidida está também a vacinação obrigatória de toda a população, a partir de 1 de fevereiro de 2022. Na Áustria, a percentagem de adultos que já tomaram as duas doses ronda os 65%.
PAÍSES BAIXOS
O Governo holandês aprovou, esta sexta-feira, novas medidas de contenção da covid-19, que passam pelo encerramento antecipado de bares, restaurantes e a maioria das lojas. Apesar de uma taxa de vacinação de cerca de 85%, o país regista forte aumento no número de casos, em especial em crianças em idade escolar.
ITÁLIA
Roma anunciou regras mais rígidas a serem aplicadas a partir de 6 de dezembro, quando entrará em vigor uma atualização ao Passaporte Verde, destinado a vacinados ou recuperados. Segundo a Presidência do Conselho de Ministros italiana, quem não está vacinado ou recuperou da doença deixará de ter acesso a locais e atividades públicas como bares, restaurantes, teatros, cinemas, clubes, eventos desportivos e ginásios.
ESLOVÁQUIA
O Executivo eslovaco seguiu o exemplo da vizinha Áustria e ordenou um confinamento de duas semanas para conter o rápido aumento de casos. A taxa de cidadãos vacinados com duas doses ronda os 45% e as hospitalizações atingiram um “ponto crítico”, nas palavras do Ministério da Saúde. Restaurantes e lojas não-essenciais serão encerrados e a circulação limitada a deslocações para compras básicas, trabalho, escola ou idas ao médico. “A situação é séria”, alertou o primeiro-ministro Eduard Heger.
“Provavelmente, no fim do inverno, quase todos na Alemanha estarão vacinados, recuperados ou mortos!”
Jens Spahn
Ministro da Saúde da Alemanha, dramatizando a urgência na vacinação num país que tem uma das mais baixas taxas de imunização da UE (68%)
NOVA VARIANTE CHAMA-SE OMICRON
Cientistas sul-africanos identificaram no país uma nova variante do SARS-CoV-2, detetada pela primeira vez no vizinho Botsuana. De início designada por B.1.1.529, a nova variante — rebatizada “ómicron” pela OMS — tem uma quantidade elevada de mutações que podem iludir a resposta imunológica do corpo, tornar o vírus mais transmissível e contribuir para novas vagas da doença. A ómicron já levou a que vários países europeus decretassem a suspensão de voos para a África do Sul.
NÚMEROS
27%
profissionais de saúde vacinados em África. Apenas um em cada quatro profissionais de saúde em África já tomou as duas doses da vacina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 25 países analisados, apenas seis superaram os 90%. Outros nove completaram a vacinação em menos de 40% do pessoal de saúde.
1500
Milhões de dólares para a Índia comprar vacinas. O Banco de Desenvolvimento Asiático aprovou, na quinta-feira, a concessão de um empréstimo ao Governo indiano para aquisição de vacinas. A verba, no valor de 1500 mil milhões de dólares, garantirá a compra de pelo menos 667 milhões de doses, para 317 milhões de pessoas.
Criança é vacinada contra a covid-19, em Jerusalém
CRIANÇAS JÁ ESTÃO A SER VACINADAS EM ISRAEL
A toma de uma vacina é sempre um momento de tensão para qualquer criança. Foi assim com este menino israelita, enquanto era imunizado contra a covid-19, num centro de vacinação em Jerusalém. Israel começou, segunda-feira, a vacinar crianças entre os cinco e os onze anos. “A doença é leve [em crianças], mas há casos em que se prolonga, com sintomas de longo prazo, como insónia e dores musculares”, justificou Salman Zarka, a quem chamam “o czar do coronavírus”, que coordena a operação de resposta à doença em Israel. O primeiro-ministro Naftali Bennett quis dar o exemplo e acompanhou o filho David, de nove anos, a um centro de vacinação, na cidade de Herzliya.
NOVAS DECISÕES NA UNIÃO EUROPEIA: VACINAR, VACINAR, VACINAR
- 1. VACINAR ADULTOS. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças da União Europeia declarou, esta quarta-feira, que os 27 Estados-membros devem ponderar a administração de doses de reforço a todos os adultos. A medida visa não só limitar a propagação do SARS-CoV-2, mas reduzir o risco de grande pressão sobre os sistemas de saúde. A prioridade deve ser dada aos adultos com mais de 40 anos, o que constitui uma mudança na abordagem que vinha sendo feita em relação a esta questão, que defendia que as vacinas de reforço deveriam ser administradas apenas a idosos e a pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
-
2. VACINAR CRIANÇAS. A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou, quinta-feira, a aplicação de uma vacina para a covid-19 a menores de 12 anos. Um comité de peritos da EMA concluiu que os benefícios da imunização das crianças superam os riscos, em particular nas crianças com comorbilidades. Esta recomendação seguiu-se a um parecer da OMS, quarta-feira, que reconheceu haver vantagens na vacinação de crianças “que vão além dos benefícios directos para a saúde”. Para lá dos benefícios para a saúde, a vacinação reduz as perturbações na educação, designadamente minimizando o encerramento de escolas.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL