“Os militares da Guarda, com tranquilidade e serenidade, procurarão manter ininterruptamente a sua capacidade operacional, adaptando-se à nova realidade, e procurando ir ao encontro das necessidades dos portugueses. Infelizmente, e porque o vírus não escolhe profissões, idades ou géneros, contamos neste momento com dois militares infetados, três com suspeita de infeção, 57 em quarentena e 77 em avaliação”, refere aquela corporação, em comunicado.
A GNR indica que teve de “ajustar o seu funcionamento e as suas rotinas” nos últimos dias para manter uma capacidade de resposta às necessidades do país para fazer face à pandemia do Covid-19.
No que diz respeito à segurança e vigilância do país, a GNR avança que mais de 500 militares monitorizam movimentos e controlam fronteiras diariamente.
Segundo esta força de segurança, foi criado um reforço das cadeias logísticas em prol da autossuficiência do dispositivo operacional, bem como canalizadas todas as valências policiais no apoio à população, nomeadamente no suporte à primeira linha da saúde, na proteção de áreas e no apoio à população idosa, sobretudo a que vive sozinha e isolada.
A GNR sublinha que o Centro Clínico da GNR tem prestado “apoio diferenciado” aos militares no desempenho das suas tarefas policiais, designadamente no esclarecimento dos procedimentos a adotar no contacto com pessoas suspeitas de estarem infetadas com Covid-19, na distribuição de mais de 28 mil kits de equipamento de proteção individual, na criação de uma sala de situação que monitoriza e apoia, 24 horas por dia, os militares com sintomas de doença com o objetivo de “garantir, a todo o tempo, uma maximização do nível de operacionalidade do efetivo da Guarda”.
No âmbito operacional e além da resolução das várias ocorrências do dia-a-dia pelas patrulhas do dispositivo, os militares da GNR têm desenvolvido “uma série de ações, através das diferentes valências policiais e especialidades, no sentido de contribuir para a resolução dos problemas que o país e a sua população enfrentam, destacando-se a realização diária de mais de 1.800 patrulhas, nas quais têm sido percorridos uma média diária superior a 120.000 quilómetros”, refere o comunicado.
A GNR indica também que a Unidade de Controlo Costeiro tem garantido a vigilância de portos e de todos os pontos de entrada no país por via marítima, a Unidade de Ação Fiscal tem reforçado o controlo da fronteira terrestre, através de meios diferenciados, no que diz respeito a passagens não autorizadas e a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro tem apoiado o dispositivo territorial e de trânsito, na monitorização de movimentos e no controlo de fronteiras, bem como participado na garantia de cerca sanitária.
A GNR mantém ainda preparada a sua especialidade NRBQ (Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico) para proceder à descontaminação de materiais e espaços, sempre que lhe seja solicitado, assim como a Unidade de Intervenção está preposicionado com os seus meios para dar uma resposta à necessidade de uma imediata projeção e intervenção em qualquer ponto do país, seja para garantia da ordem pública, para efetuar escoltas de segurança ou proteção de pontos críticos.
Segundo o último boletim epidemiológico da DGS, Portugal tinha 785 casos confirmados de Covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.