No Algarve, “morreram pessoas sem conhecer o resultado das análises e sem ter direito a qualquer tratamento” denuncia o deputado algarvio Cristóvão Norte.
O social-democrata refere ainda cinco casos de atraso em Portimão e um número indeterminado de episódios em Faro.
Sobre os vários doentes internos em hospitais algarvios terem morrido sem conhecer os resultados de análises feitas pelo IPO de Lisboa, Cristóvão Norte mostrou-se indignado afirmando que “constitui uma flagrante violação dos seus direitos e uma desumanização cruel do SNS”.
O Instituto Português de Oncologia terá exigido garantias de pagamento das análises, por parte das entidades hospitalares.
No entanto, o Centro Hospitalar do Algarve afirma por comunicado que pediu um exame ao IPO de Lisboa sem ter enviado o termo de responsabilidade. A situação, no entanto, foi resolvida com o envio da garantia de pagamento.
Esclarece também que o conselho de administração nunca inviabilizou o envio do exame para Lisboa e, para melhorar a capacidade de resposta, estes exames passaram a ser feitos também no hospital de Évora.
Mas Cristóvão Norte afirmou hoje no Parlamento ter “provas concludentes destes fatos” e que as vai apresentar de imediato “à Procuradoria Geral da República para que avalie em que medida deve ou não proceder à abertura do inquérito para apurar responsabilidades”.
Agora, o PSD exige que a ministra da Saúde dê explicações sobre o atraso de exames a doentes com cancro.