Os dados constam no boletim epidemiológico do Covid-19, que não reportava nenhum caso de infeção pelo novo coronavírus em Portugal até às 19:00 de hoje.
Do total de novos casos suspeitos, 26 são cidadãos provenientes do norte de Itália e um do Japão.
De acordo com o boletim diário, divulgado depois das 20:00, Portugal já registou 52 casos suspeitos, dos quais 36 resultaram negativo após testes laboratoriais.
O número diário de novos casos suspeitos aumentou hoje, uma vez que na quarta-feira, dia em que passou a ser divulgado o boletim epidemiológico do Covid-19, Portugal tinha registado nas 24 horas anteriores oito novos casos suspeitos, todos provenientes do norte de Itália.
A DGS reiterou hoje que, “tendo em conta a situação epidemiológica mundial, “é necessário considerar a hipótese da importação de casos de doença de cidadãos provenientes da China ou de outras áreas com transmissão comunitária ativa”, designadamente o norte de Itália, Coreia do Sul, Singapura, Japão ou Irão.
O risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado, segundo a Direção-Geral da Saúde, que promete publicar diariamente o boletim epidemiológico do Covid-19 pelas 18:00, o que não sucedeu hoje.
O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou mais de 2.800 mortos e infetou mais de 82 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 33 mil recuperaram.
Além de 2.744 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
O único caso conhecido de um português infetado pelo Covid-19 é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.