A alopecia é um termo médico que designa a queda de cabelo. Existem vários tipos, com diferentes manifestações e causas associadas. Surge súbita ou gradualmente, não escolhe sexo nem idade. Ninguém desconhece que o cabelo é um atributo físico com grande impacto na aparência humana, e a queda de cabelo pode ser angustiante para quem dela sofre. Há hoje evidência científica de que alguns estados emocionais e hábitos diários de cuidados do cabelo menos adequados estão na origem da sua queda. E há também causas associadas à alopecia bem identificadas: hereditariedade, alterações hormonais, terapêuticas ou medicamentos.
A maioria das pessoas perde, em regra, cerca de 50 a 100 cabelos por dia, perda geralmente impercetível devido aos novos fios de cabelo que crescem em simultâneo. Podemos distinguir várias situações da queda de cabelo: diminuição da sua espessura devido ao stresse ou a uma alteração súbita dos níveis hormonais; pelo aparecimento da tinha (infeção fúngica), aparecem “clareiras” devido a determinados tipos de fungos, é de certo modo comum nas crianças; devido a técnicas que puxam o fio de cabelo (tranças, lavagem ou escovagem com força excessiva,…) bem como a utilização de substâncias químicas lesivas para o cabelo; no caso do homem, a diminuição da espessura do cabelo do topo da cabeça ou a rarefação pilosa nas mulheres; como efeito secundário medicamentoso, como é o caso do lítio, os betabloqueadores, as anfetaminas e outros; por patologias e distúrbios alimentares ou em resultado de algumas doenças como o lúpus eritematoso sistémico.
A queda de cabelo excessiva é perceptível quando se encontra uma quantidade de cabelos superior ao habitual nas escovas, mas também é visível com a diminuição da espessura do cabelo. Deve consultar-se o dermatologista, é a ele que compete fazer o diagnóstico com base no historial clínico, nos medicamentos que o doente toma, no seu estado nutricional e exame físico.
Não existem tratamentos padrão, o que há são procedimentos que podem limitar ou interromper a queda de cabelo consoante a sua origem: por exemplo eliminar a exposição a determinadas substâncias químicas. Há um tratamento farmacológico para a calvície, como é o caso do minoxidil, o único tratamento tópico aprovado. Há tratamentos não farmacológicos, a lista é enorme, destaca-se o transplante capilar, a terapia com laser, perucas e cabelos postiços. Há formas de queda de cabelo que podem ser prevenidas através da minimização do stresse, a alteração e a substituição de determinados medicamentos; a queda de cabelo devido a infeções fúngicas pode ser prevenida através da adoção de uma rotina de higiene diária. São de evitar penteados que sejam demasiado apertados.
Conte com o aconselhamento farmacêutico, ele é um profissional de saúde que o ajuda nos tratamentos da caspa, nas manifestações de dermatite seborreica, indicando champôs apropriados. O farmacêutico pode ajudar quem tem alopecia a identificar alguns factores que a desencadeiam e ajudar na escolha dos produtos mais adequados a cada tipo de cabelo.