Portugal regista hoje 3.270 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 16 mortes relacionadas com a covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Os internamentos hospitalares também atingiram nas últimas 24 horas os valores máximos registados desde março, num total de 1.365, mais 93 pessoas internadas do que na quarta-feira.
Nos cuidados intensivos estão internados 200 doentes, mais 13 do que na quarta-feira. O máximo de internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos foi registado em 07 de abril, dia em que 217 pessoas estavam nestas unidades com covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
De acordo com o boletim hoje divulgado, Portugal já contabilizou 109.541 casos confirmados e 2.245 óbitos desde o início da pandemia de covid-19.
O anterior valor máximo de novos casos diários tinha ocorrido em 16 de outubro, com 2.608 infeções, enquanto o anterior maior número de doentes internados nos hospitais tinha sido atingido em 16 de abril, com 1.302.
As autoridades de saúde têm 55.809 pessoas em vigilância, menos 73 do que na quarta-feira.
A DGS revela ainda que estão ativos 42.765 casos, mais 1.961 que nas últimas 24 horas.
Segundo o boletim epidemiológico, das 16 mortes registadas, sete ocorreram na região Norte, seis em Lisboa e Vale do Tejo, duas no Centro e uma no Alentejo.
Nas últimas 24 horas 1.293 doentes recuperaram, totalizando 64.531 desde o início da pandemia.
Região norte voltou a ser a mais atingida por novos contágios – hoje registou 1954 infeções, mais 575 infetados nas últimas 24 horas
A região norte bate todos os recordes. Numa pesquisa sumária efetuada pelo POSTAL, com os dados disponíveis nas regiões europeias, a região norte é a que registou o maior número de infeções covid-19, proporcionalmente à sua população.
É, garantidamente, uma das regiões com mais casos de sempre no continente europeu, proporcionalmente ao número de habitantes (aguardamos resultados de pesquisas mais profundas – aos nossos leitores, de sul a norte, estamos receptivos, igualmente para os receber e os tratar jornalisticamente).
Num momento em que a própria Europa bate diariamente recordes em termos de números de infeções, a única região portuguesa com resultados “assustadores” é a região norte.
Em causa está todo o esforço e privações dos últimos sete meses. Não são as pessoas do norte que são uma “vergonha”, mas sim as contingências de muitos que têm que andar em transportes públicos “apinhados tipo lata de sardinhas” como muito bem diz uma leitora num comentário à notícia do POSTAL, embora, por essa lógica, seria a zona metropolitana de Lisboa a ter o maior número de casos – atualmente é a segunda, mas também aquela que mais concentração de população por quilómetro quadrado tem.
A chamada 2ª vaga era, segundo os virologistas de renome mundial, previsível. Mas o que estamos a deixar acontecer, especialmente no norte português, por egoísmos de alguns, é irresponsabilidade com os mais vulneráveis. Não há sistema nacional de saúde que consiga dar uma resposta a tantas infeções.
Dos internamentos chegam notícias igualmente alarmantes: há mais 93 camas ocupadas nos hospitais portugueses, um aumento de 7,31% face à véspera. É o maior salto desde 16 de abril, quando o balanço entre saídas e entradas nos hospitais revelou um aumento de 102
– Expresso
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, registando hoje mais 1.954 casos, totalizando 44.875, e 987 mortos desde o início da pandemia.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados 936 novos casos de infeção, contabilizando a região 50.395 casos e 904 mortes.
Na região Centro registaram-se 281 novos casos, contabilizando 9.024 infeções e 285 mortos.
No Alentejo foram registados 56 novos casos de infeção, totalizando 2.219 com um total de 31 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 28 casos de infeção, somando 2.335 casos e 23 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados mais três casos nas últimas 24 horas, somando 323 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou 12 novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 361 infeções, sem óbitos até hoje.
Quanto às UCI, Portugal volta a atingir a marca das duas centenas (200), algo que não era visto desde 23 de abril, quando havia 204 pessoas naquelas unidades. Nas últimas 24 horas registou-se um aumento de 13 doentes nas UCI, o que se traduz igualmente no maior aumento desde meados de abril
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 49.825 homens e 59.716 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.138 eram homens e 1.107 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
O boletim de segunda-feira divulgou o número de casos por concelhos, sendo Lisboa o que continua a apresentar mais infeções (8.241), seguido de Sintra (6.763), Loures (3.891) e Amadora (3.470).
O concelho de Vila Nova de Gaia regista 2.888 infeções por SARS-CoV-2, Porto 2.884, Odivelas 2.676, Cascais 2.695, Oeiras 2.131, Vila Franca de Xira 2.007, Matosinhos 1.929, Braga 1.819, Guimarães 1.772, Almada 1.660, Seixal 1.603, Gondomar 1.523, Maia 1.418, Paço de Ferreira 1.303, Valongo 1.160 e Vila Nova de Famalicão 1021 precisa o relatório da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.
Os restantes concelhos que constam da lista do relatório registam valores abaixo dos mil casos.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Todos os concelhos algarvios têm casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2242 (DGS apresenta hoje 2.307), com 26 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 23).
À data de domingo, dia 18, a região do Algarve apresentava 796 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1420 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 159 (20% do total),
LOULÉ com 110 (14%),
LAGOS e PORTIMÃO com 93 cada (12%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são apenas dois: Aljezur e Monchique com 2 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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Testes rápidos vão ajudar África a ultrapassar “enormes necessidades”
A diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para África anunciou hoje que os testes rápidos ao novo coronavírus, com resultados em minutos, estão a chegar ao continente e ajudarão a superar as “enormes necessidades” da região.
Na conferência online semanal sobre a covid-19 em África, hoje dedicada aos testes rápidos de diagnóstico, Matshidiso Moeti anunciou que os países africanos estão a preparar-se para introduzir em grande escala os testes de diagnóstico rápido, baseados em antigénios.
“Isto será uma mudança na nossa luta contra a covid-19. Estes testes rápidos de alta qualidade irão ajudar a satisfazer as enormes necessidades não satisfeitas em África”, afirmou.
Em África, disse, “a maior parte dos testes utilizados são os PCR [Polimerase Chain Reaction, que verifica se o vírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, está presente numa amostra], o que implica laboratórios, reagentes e especialistas”.
E sublinhou a “lacuna significativa” que continua a existir em África, em matéria de testes: “Por exemplo, o Senegal aumentou significativamente a sua capacidade de testes, mas continua a testar 14 vezes menos do que os Países Baixos e a Nigéria está a testar 11 vezes menos do que o Brasil”.
“Os novos testes rápidos são fáceis de utilizar, mais baratos que a reação em cadeia da polimerase (PCR) e fornecem os resultados em menos de 30 minutos, permitindo aos países descentralizar os testes e acelerar o tempo de resposta para que os resultados cheguem rapidamente”, adiantou.
Um avanço bem-vindo pelas autoridades do Uganda, que se debatem com as necessidades laboratoriais que os testes PCR exigem, além do transporte, com respetivo tempo de transporte.
Susan Ndidde Nabadda, responsável pelo Laboratório Nacional de Saúde e Serviços Centrais de Saúde Pública do Uganda, congratulou-se com a chegada destes testes rápidos que, acredita, vai possibilitar um maior número de testes.
“Usamos os testes PCR, porque é o recomendado”, disse, durante a sua intervenção da conferência virtual.
Para Susan Ndidde Nabadda, como o país tem poucos laboratórios, a realização dos testes envolve frequentes deslocações, o que atrasa o processo de identificação dos casos.
“Os novos testes permitem acelerar o acesso aos resultados e a imediata atuação junto do doente”, referiu.
O Uganda registou até hoje 10.933 casos de infeção pelo novo coronavírus, 98 dos quais mortais e contabiliza 7.154 doentes recuperados.
Também o diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde Pública da Guiné-Conacri, Abdoulaye Toure, se congratulou com a possibilidade que estes testes oferecem, nomeadamente ao nível do acesso e da rapidez.
Os testes rápidos são “uma oportunidade. Vão facilitar a segurança da doença e ajudar a gerir a epidemia”, disse o responsável do Instituto Nacional de Saúde Pública da Guiné-Conacri, país que contabiliza 11.635 casos, 71 mortos e 10.474 doentes recuperados.
No encontro virtual com a comunicação social, Matshidiso Moeti disse ainda que a OMS está a trabalhar em conjunto com os países que vão receber os testes rápidos, “enviando documentos-chave de orientação política e operacional, desenvolvendo um pacote de formação, e destacando peritos no terreno para apoiar a realização destes testes”.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou no passado dia 28 de setembro que a organização vai disponibilizar para países mais pobres 120 milhões de testes rápidos de covid-19, com resultados em 30 minutos.
Na altura, o responsável lembrou o papel que a organização já tinha tido na disseminação dos reagentes PCR, para que os países pudessem testar a presença do vírus, tendo vindo a trabalhar para desenvolver testes mais rápidos e simples de utilizar em qualquer local.
África registou até hoje 1.674.592 infetados com o novo coronavírus, dos quais 40.493 vítimas morais. Contabiliza ainda 7.670 recuperados.
Pelo menos 1,133 milhões de mortos em todo o mundo
A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 1.133.136 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Press.
Desde que o SARS-Cov-2 foi identificado, mais de 41.304.020 pessoas foram infetadas por esse coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) de hoje com base em fontes oficiais.
Até hoje, pelo menos 28.294.600 pessoas foram consideradas curadas de covid-19, acrescenta a agência francesa, sublinhando que os números oficiais refletem apenas parte do número real de contaminações no mundo.
Alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de capacidades limitadas de testagem.
No dia de quarta-feira, registaram-se 6.509 mortes e 462.751 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência.
Os países que registaram mais mortes nesse dia foram os Estados Unidos (990), a Índia (702) e o Brasil (566).
Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 222.220 mortes e 8.338.387 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins, que contabiliza ainda mais de três milhões (3.323.354) de casos declarados curados.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 155.403 mortes e 5.298.772 casos, Índia com 116.616 mortes (7.706.946 casos), México com 87.415 mortes (867.559 casos) e Reino Unido Unidos com 44.158 mortes (789.229 casos).
O Peru é por seu lado o país com o maior número de mortos em relação à população, com 103 mortes por 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (91), Espanha (74) e Bolívia (73).
A China continental (sem Macau e Hong Kong) registou oficialmente um total de 85.729 casos (14 novos entre quarta e quinta-feira), incluindo 4.634 mortes e 80.850 recuperações.
Por regiões do mundo, a América Latina e Caribe totalizaram 385.650 mortes para 10.688.408 casos, Europa 256.298 mortes (8.046.430 casos), Estados Unidos e Canadá 232.043 mortes (8.543.944 casos), Ásia 162.843 mortes (9.947.579 casos), Médio Oriente 54.819 mortes (2.367.282 casos), África 40.473 mortes (1.676.712 casos) e Oceânia 1.010 mortes (33.674 casos).
Hospital de Santarém com 82 profissionais isolados, 31 dos quais infetados
O Hospital de Santarém tem um total de 31 profissionais infetados com o novo coronavírus que provoca a doença covid-19 e outros 51 foram colocados em isolamento profilático, segundo a última atualização disponibilizada à Lusa.
Os dados divulgados ao fim da manhã indicam que 16 enfermeiros, sete assistentes operacionais, cinco outros profissionais e três médicos tiveram resultado positivo ao SARS-Cov-2, estando os restantes (30 enfermeiros, 16 assistentes operacionais e cinco médicos) em isolamento profilático nas suas residências por terem tido contactos de risco.
Garantindo que “os serviços, por enquanto, estão todos assegurados”, a presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém (HDS) disse hoje à Lusa que o piso onde funciona o serviço de “Medicina Não Covid” foi encerrado e desinfetado, estando 24 profissionais deste piso, cujo teste deu resultado positivo, isolados nas suas residências.
Ana Infante afirmou que todos os doentes foram transferidos para outras enfermarias e que as equipas de enfermagem foram reformuladas e distribuídas, com recurso a elementos de outros serviços, “onde faziam menos falta”.
“Estão a ser seguidas as normas da DGS [Direção Geral da Saúde]”, disse, sublinhando que serão as entidades de Saúde Pública a gerir “quem e quando volta ao trabalho”.
Na terça-feira, o Hospital Distrital de Santarém (HDS) divulgou um comunicado dando conta de 15 profissionais infetados com o vírus que provoca a covid-19 – 10 enfermeiros, três assistentes operacionais, um médico e uma assistente técnica.
Os casos foram conhecidos na sequência de uma despistagem a “todos os contactos de risco”, realizada depois de ser conhecido um caso de infeção de um profissional do serviço de Medicina, situação que levou também à “descontaminação profunda” dos espaços.
A administração afirmava ainda ter procedido à “reorganização e distribuição das equipas de enfermagem e dos doentes internados”.
Ana Infante adiantou que o HDS tem 27 pessoas internadas com covid-19, das quais 24 em enfermaria dedicada e três na unidade de cuidados intensivos.
Alertando que “ainda há muita população que não cumpre” as medidas de prevenção, o HDS emitiu na quarta-feira um apelo a que, antes de se dirigirem ao hospital, os cidadãos “liguem primeiro para a Linha Saúde 24, através do número 808 24 24 24”.
Por outro lado, apela ao cumprimento das medidas de prevenção, como uso de máscara, tossir para um lenço, papel ou braço, manter o distanciamento social, lavar frequentemente as mãos, usar álcool gel e tomar a vacina da gripe.
Registado surto com 32 infetados em lar no Cadaval
Trinta e duas pessoas estão infetadas com covid-19 num lar em Alguber, no concelho do Cadaval, existindo mais sete casos relacionados na comunidade, informou hoje o presidente deste município do distrito de Lisboa.
José Bernardo Nunes afirmou à agência Lusa que todos os utentes e funcionários da estrutura residencial para pessoas idosas foram testados e que os testes deram resultado positivo em 32 casos, dos quais 23 relativos a utentes e nove referentes a funcionários.
Baseando-se na investigação das autoridades de saúde, o autarca explicou que o surto foi causado por uma festa de aniversário: quatro jovens foram contagiados e infetaram familiares, alguns dos quais trabalham no lar.
Além dos 32 casos positivos no equipamento, existem três casos de infeção na localidade relacionados com este surto e o autarca admite que possam surgir mais, tendo em conta o número de pessoas que se encontram em vigilância.
O Cadaval regista 41 casos ativos, 55 recuperados e duas mortes, de acordo com os mais recentes dados epidemiológicos deste concelho.
Autoridade de saúde diz que situação na Alemanha é muito grave
O aumento do número de casos do novo coronavírus na Alemanha torna a situação “muito grave”, alertou hoje uma autoridade de saúde de referência, que apelou ao respeito as medidas de segurança para conter a progressão da pandemia.
“A situação tornou-se muito séria no geral”, disse Lothar Wieler, presidente do Instituto Robert Koch (RKI), numa conferência de imprensa.
O alerta ocorreu quando a Alemanha regista um novo recorde de novas infeções, com 11.287 casos adicionais em 24 horas, segundo os dados hoje divulgados.
Ao todo, pelo menos 380.762 pessoas foram infetadas desde o início da nova epidemia de coronavírus na Alemanha, das quais 9.875 perderam a vida.
“O vírus pode estar a espalhar-se de forma incontrolável” em algumas áreas desde setembro, acrescentou Wieler, explicando que “atualmente os jovens são os mais expostos ao vírus”.
“Quanto mais pessoas em círculos privados são infetadas, mais estas espalham” o vírus em outros lugares, disse o presidente do RKI.
Lothar Wieler, no entanto, garantiu que ainda é possível “conter” a propagação da pandemia “respeitando sistematicamente as medidas de proteção”, mas também “ventilando regularmente” as salas fechadas.
“Não somos impotentes”, declarou.
A Alemanha, como todos os países europeus, tem enfrentado um aumento acentuado nos casos de infeção de covid-19 há várias semanas.
Diante do retorno do aumento do número de casos, as autoridades alemãs reforçaram as medidas contra a pandemia, principalmente adotando proibições de reuniões.
Um cantão alpino no sul do país, em torno de Berchtesgaden, está praticamente confinado. Também foram decididas restrições locais, como em Berlim, onde o uso de máscaras foi imposto em algumas ruas movimentadas.
A chanceler Angela Merkel pediu solenemente à população no sábado que reduzisse ao máximo os contactos sociais, pedindo às pessoas para “ficarem em casa” o máximo possível.
“Como será o inverno, como será o nosso Natal, isso será decidido nos dias e semanas que virão”, alertou a chanceler alemã.