Portugal regista hoje 119 mortes associadas à covid-19, mais 19 do que no sábado, e 5.962 infetados (mais 792), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Afinal, o Algarve tem 113 casos de pessoas infetadas e não 108, tem 3 óbitos e não dois, conforme acaba de atualizar a ARS sobre os números da DGS.
Infelizmente, os números apresentados pela DGS registam diariamente vários lapsos.
No que diz respeito ao Algarve, Lagoa (que tem 4 casos) volta a não aparecer e o concelho de Lagos volta a aparecer com casos, “18 casos confirmados”, quando Lagos ainda não registou nenhuma confirmação até ao momento.
Segundo a DGS, estranhamente, os números de Tavira “desapareceram”, Faro reduz de 30 para 20, Vila Real de Santo António reduz em dois casos e Portimão reduz em um caso.
De acordo com o boletim diário da Administração Regional de Saúde (ARS) que atualizou vários números avançados pela Direção-Geral de Saúde, o concelho de Faro regista os mesmos 30 casos de sábado, Albufeira 25 (+1), Portimão 20 (+1) e Loulé 18 (+3).
O quinto concelho com mais casos é Vila Real de Santo António, com os mesmo 7 do que ontem. Lagoa com 4, Silves e Tavira com 3, também mantém os números de ontem.
Já o concelho de Olhão tem agora 2 (+1) e São Brás de Alportel regista o seu primeiro caso de Covid-19.
A DGS continua a dizer, em nota de rodapé neste gráfico, que a “informação reportada por concelho de ocorrência [é) relativa a 75% dos casos confirmados”, o que não tem correspondido à verdade. Basta ver no gráfico de hoje: Faro que ontem tinha 30 casos, hoje aparece com apenas 20, ou seja, apresenta apenas 66% dos casos confirmados e não os tais “75%” garantidos pela Direção-Geral de Saúde.
A DGS continua a dizer que “quando os casos confirmados são inferiores a 3, por motivos de confidencialidade, os dados não são apresentados”, quando países que melhor controlaram o surto, como a Correia do Sul e China, além de outros, revelam a identidade de cada pessoa infetada para que rapidamente possam ser identificados as várias possíveis cadeias comunitárias de contágio.
O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados atualizados até às 24:00 de sábado, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (61), seguida das regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, com 28 cada, e do Algarve, que hoje regista dois mortos.
Relativamente a sábado, em que se registavam 100 mortes, hoje observou-se um aumento de 19%.
De acordo com dados da DGS, há 5.962 casos confirmados, mais 792 (um aumento de 15,3%) face a sábado.
Das 100 mortes registadas, 70 tinham mais de 80 anos, 27 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 15 entre os 60 e os 69 anos e cinco entre os 50 e os 59 anos. Pela primeira vez o boletim regista mortos na faixa etária dos 40 aos 49 anos (duas mulheres).
Os dados da DGS, que se referem a 75% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é a cidade que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (594), seguida do Porto (317 casos), Vila Nova de Gaia (351), Maia (296), Matosinhos (294), Gondomar (242) e Braga (208).
Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 38.042 casos suspeitos, dos quais 5.508 aguardam resultado laboratorial.
O boletim epidemiológico indica também que há 26.572 casos em que o resultado dos testes foi negativo e que 43 doentes recuperaram.
Das 5.962 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (5.476) está a recuperar em casa, 486 (mais 68, +16,2%) estão internadas, 138 (mais 49, +55%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 3.550, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.478 casos, da região Centro (709), do Algarve (108) e do Alentejo, que hoje apresenta 41 casos.
Há ainda 33 pessoas infetadas com covid-19 nos Açores, 43 na Madeira.
A DGS regista ainda 17.785 contactos em vigilância pelas autoridades (menos 2.142).
A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (1.146), seguida dos 50 aos 59 anos (1.084), dos 30 aos 39 anos (902) e dos 60 aos 69 anos (850).
Há ainda 64 casos de crianças com idades até aos nove anos, 138 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 588 com idades entre os 20 e os 29 anos.
Os dados indicam também que há 611 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 579 com mais de 80 anos.
Segundo o relatório da DGS, 124 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 93 de França, 41 do Reino Unido, 28 de Itália, 24 da Suíça, 21 dos Emirados Árabes Unidos, 13 de Andorra, 10 do Brasil, oito Países Baixos, sete da Alemanha, seis da Bélgica, cinco da Argentina, cinco dos EUA, quatro da Áustria, quatro em Cabo Verde e quatro no Canadá.
O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia e outros três de Israel e dois casos do Egito, dois da Irlanda e outros dois da Jamaica.
Foram ainda importados um caso da Áustria/Alemanha, Austrália, Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Luxemburgo, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Tailândia, Venezuela e Ucrânia.
Segundo a DGS, 62% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 52% febre, 35% dores musculares, 29% cefaleias, 24% fraqueza generalizada e 20% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 73% dos casos.
A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março e que está em estado de emergência até quinta-feira, entrou já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 130.600 são considerados curados.