O estudo será conduzido “ainda em agosto” nas regiões do Algarve e Alentejo e terá “participação voluntária”, indica comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
O objetivo, explica o ministério, é aumentar o conhecimento científico atual sobre a duração dos efeitos da vacina na população idosa, analisando a imunidade nos idosos mais vulneráveis que já foram vacinados, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura.
O estudo, promovido no âmbito do programa integrado daquele ministério de apoio aos lares de idosos devido à pandemia por Covid-19, será conduzido pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e pela Fundação Champalimaud que “vai contactar todas as instituições destas regiões, solicitando a participação dos utentes e dos profissionais, até se atingir a meta de 5 mil participantes”.
Segundo a tutela, os testes não terão “quaisquer custos para as instituições” que participarem no estudo, cujos resultados serão apresentados publicamente em setembro.
“Os resultados do estudo serão partilhados com as autoridades de saúde e poderão contribuir para decisões futuras sobre esta matéria”, assinala.
Há 53 surtos ativos, dos quais 4 no Algarve, em lares de idosos
A 05 de agosto, as autoridades de saúde contabilizavam 53 surtos ativos de infeção pelo SARS-CoV-2 em lares de idosos, com um surto em Proença-a-Nova a suscitar maior atenção por parte da União das Misericórdias Portuguesas.
De acordo com números disponibilizados então à agência Lusa pela Direção-Geral da Saúde, os 53 surtos ativos, em números atualizados na segunda-feira, envolviam 829 casos de infeção diagnosticados.
Por administração regional de saúde, era em Lisboa e Vale do Tejo que se contavam mais surtos (25) e pessoas infetadas (270).
No Norte havia 10 surtos e 247 pessoas infetadas, no Alentejo oito surtos e 68 infeções, no Centro seis surtos e 138 infetados e no Algarve quatro surtos e 106 pessoas infetadas.
A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço mais recente da AFP com base em dados oficiais.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.440 pessoas e foram registados 982.364 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.