Lagoa encontra-se, esta terça-feira, em nível de risco moderado e a trabalhar para voltar a descer para o nível de risco baixo. Este regresso, ao grupo de concelhos de nível moderado, fica a dever-se ao registo de 32 casos acumulados nos últimos 14 dias, no dia reavaliação da situação epidemiológica no país, realizada pelo Conselho de Ministros a 24 de junho.
A autarquia lagoense explica que “a dois dias de nova reavaliação da situação epidemiológica do país, o concelho de Lagoa encontra-se no nível de risco moderado, com 31 casos acumulados, nos últimos 14 dias, 4 casos acumulados acima do permitido para puder voltar ao risco de nível baixo”, acrescentando que “a expetativa é muita porque uma nova reavaliação em nível de risco moderado trará penalizações para o concelho”.
No entanto, o Município informa que “o concelho de Lagoa está longe de atingir o nível de risco elevado, na reavaliação da próxima quinta-feira, contrariando a especulação que tem havido por parte das empresas locais, ligadas ao turismo, e da população em geral. Cenário esse que nunca estará descartado, atendendo à situação epidemiológica que temos um pouco por todo o país”.
O presidente do Município de Lagoa reagiu a esta classificação, destacando “o comportamento exemplar dos lagoenses, bem como o esforço do município e o trabalho das entidades com competência na matéria, apontando outros motivos que levam Lagoa e o Algarve a estar na situação em que se encontra”.
O autarca lamenta que “os turistas, nacionais e estrangeiros, que testam positivo à SARS-CoV-2, sejam contabilizados como residentes, sem que a base de incidência não seja alterada”.
“A grande reivindicação dos concelhos do Algarve tem sido pedir à DGS para que os turistas que testam positivo não sejam contabilizados como residentes. Porque se assim fosse a base de incidência do nosso concelho teria de passar dos habituais 23 mil habitantes para os 50 ou 60 mil que cá estão durante o período de verão”, defende Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa.