A China cancelou esta quinta-feira centenas de voos, encerrou escolas e intensificou os testes em algumas áreas, após ter descoberto surtos de covid-19 ligados a um grupo de turistas.
O país mantém uma política de “tolerância zero” com o vírus, incluindo a limitação drástica de entradas no seu território, quarentenas obrigatórias, medidas de confinamento e testes em massa assim que surgem alguns casos.
A utilização de aplicações móveis também permite rastrear o movimento de cada indivíduo.
Estas medidas permitiram à China retomar a atividade social e económica numa fase prematura da pandemia. No espaço de mais de um ano, o país registou apenas duas mortes.
No entanto, casos esporádicos são identificados regularmente.
A China registou nos últimos dias algumas dezenas de casos de covid-19, todos vinculados a um casal de idosos que participou de uma viagem organizada.
De Xangai, seguiram para a antiga capital Xi’an, no noroeste do país e, a seguir, para a província de Gansu e para a Mongólia Interior, no norte.
Em resposta, as autoridades locais fecharam locais turísticos, escolas e locais de entretenimento. Eles também impuseram bloqueios a certos bairros e ordenaram a realização de testes em massa.
Os aeroportos das regiões afetadas cancelaram centenas de voos, de acordo com o site especializado VariFlight.
Cerca de 60% das partidas programadas para os aeroportos de Xi’an e Lanzhou, que têm uma população com cerca de quatro milhões, foram canceladas.
Lanzhou, a capital de Gansu, também aconselhou os seus habitantes a não deixarem a cidade.
A Comissão de Saúde da China relatou esta quinta-feira 13 novos casos de covid-19 em todo o país.
A covid-19 provocou pelo menos 4.910.200 mortes em todo o mundo, entre mais de 241,48 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.109 pessoas e foram contabilizados 1.081.856 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.