Um grupo de investigadores portugueses, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA), descobriram três compostos que retiram força à atividade do vírus.
Os cientistas trabalharam um ano e três meses para conseguir as conclusões: “Conseguimos transformar um lobo num cão. Imagine o que é termos medicamentos baratos que irão tratar diretamente a infeção pelo SARS-CoV-2, permitindo que as pessoas fiquem em casa”. Segundo o “Diário de Notícias”, a patente da descoberta está agora a ser registada.
Na investigação, participaram as cientistas Cecília Arraiano, Margarida Saramago, Rute Matos, Cátia Bárria, Vanessa Costa, Sandra Viegas, Susana Domingues, Caio Souza, Diana Lousa, Cláudio Soares, Miguel Fevereiro e Margarida Henriques Mourão. A cientista Cecília Arraiano, coordenadora da investigação e diretora do Laboratório de Controlo da Expressão Génica, acredita que depois da descoberta “a infeção será bem mais controlada”.
“De forma muito simples, pode dizer-se que em vez de as pessoas desenvolverem doença grave e terem de ir parar ao hospital, poderão ficar em casa com uma constipação a assoar-se”, diz Cecília Arraiano, depois de o processo ter concluído a fase da investigação laboratorial. “A partir daqui, é trabalho para a indústria farmacêutica. São os ensaios clínicos em humanos, já não depende de nós”.
“Já temos uma garantia. É que, dos três fármacos descobertos, dois estão aprovados pelas autoridades do medicamento internacionais, nomeadamente pelo regulador dos EUA, a FDA [Food and Drugs Administration], e já são usados para outras doenças, o outro está em vias disso. Portanto, não fazem mal às pessoas”, garante a coordenadora.
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