A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem 24 trabalhadores infetados com covid-19, mas “uma parte significativa” dos casos diagnosticados encontrava-se em teletrabalho, disse à Lusa a associação dos inspetores tributários, informação confirmada pelo Ministério das Finanças.
De acordo com a informação facultada pela Associação dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira (APIT), os casos positivos para o novo coronavírus foram registados no distrito do Porto, nomeadamente no Arquivo Histórico, Alfândega de Leixões, em dois serviços de finanças de Vila Nova de Gaia e no serviço de Finanças da Maia, na Direção de Finanças de Leiria e no serviço de Finanças de Castro Marim (distrito de Faro).
Estes casos correspondem à situação que os serviços fizeram chegar à Direção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos da AT e que foi transmitida à generalidade dos trabalhadores na quarta-feira.
“Seguindo as orientações das autoridades de saúde, a AT tem vindo a proceder à desinfeção das instalações que foram utilizadas pelos trabalhadores diagnosticados”, refere a mesma informação acrescentando que se encontram “totalmente encerrados” os serviços de Finanças (SF Gaia 1, SF Gaia 3 e SF Maia) cujos trabalhadores testaram positivo para a covid-19.
À Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças referiu que a AT tem vindo “regularmente a informar a generalidade dos trabalhadores sobre o número de casos positivos diagnosticados aos profissionais da instituição”, precisando que “uma parte significativa dos casos diagnosticados já não se encontravam a trabalhar fisicamente nas instalações da AT, num quadro de promoção do trabalho remoto e de medidas de distanciamento social”.
Dos cerca de 11.000 funcionários da AT, mais de 7.000 encontram-se a exercer as suas funções em regime de teletrabalho.
Perante o atual contexto de emergência nacional de contenção da infeção por covid-19, a AT tem vindo a promover e reforçar a resposta do atendimento não presencial através do Centro de Atendimento Telefónico e do e-balcão.
Num comunicado divulgado no final da semana passada, a APIT sublinhava a necessidade de ser eliminado o atendimento presencial em serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) localizados em zonas mais afetadas pela covid-19 e de reduzir as equipas/setores para “um máximo de 50% do efetivo, com uma rotatividade mínima de 15 dias (e nunca de apenas uma semana, ou, em dias alternados)”.
Esta estrutura sindical, liderada por Nuno Barroso, considera ainda ser “impensável” que o plano de contingência, no caso dos serviços que mantêm presença efetiva de trabalhadores, não contemple esta rotatividade e separação e sublinha que não deve haver manutenção de trabalhadores em trabalho presencial quando o espaço é reduzido.