Alguns jornais ingleses avançaram há alguns dias com uma afirmação, atribuída à Organização Mundial da Saúde, segundo a qual as notas de dinheiro e, por analogia, os jornais em papel seriam transmissores do novo corona vírus. Essa informação rapidamente se espalhou e foi reproduzida por todo o Mundo, criando naturais preocupações.
Ora a Organização Mundial de Saúde veio desmentir tal informação.
Em comunicado divulgado na terça-feira, a porta-voz da OMS, Fadela Chaib, afirma que as palavras da OMS foram mal interpretadas, pois nunca foi dito que o dinheiro “era um veículo de transmissão do novo coronavírus”.
O que sucedeu foi que perguntaram se o dinheiro podia transmitir a Covid-19, tendo a OMS respondido que as pessoas deviam lavar as mãos depois de manusearem dinheiro. Mas isso como uma boa prática de higiene, e não por causa do novo coronavírus.
Uma prática, portanto, que deve ser adoptada quando se pega em qualquer objecto.
A Associação Portuguesa de Imprensa afirma em comunicado enviado hoje aos seus associados “não há registo de qualquer caso de contaminação provocado pelo contacto com jornais e revistas em papel”.
“A única coisa felizmente ‘contagiosa’ nesse bom hábito, é a propagação de informação rigorosa e credível, ao contrário de muita da que circula nas redes sociais, que não tem a garantia de um sério tratamento jornalístico”, destaca.
Portanto, a Associação Portuguesa de Imprensa recomenda ao público que “continue a comprar e a ler jornais e revistas, em papel ou on line”.
Tal como recomenda que se sigam “as recomendações das autoridades de Saúde, designadamente a lavagem das mãos, de forma frequente e minuciosa”.