Norte com mais casos, Lisboa com mais mortes

Portugal regista hoje 17 mortes atribuídas à covid-19, 2.232 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e menos pessoas internadas em enfermaria e nos cuidados intensivos, segundo dados oficiais.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) estão hoje internadas 829 pessoas com covid-19, menos 28 em relação a segunda-feira, 186 das quais em cuidados intensivos, menos três nas última 24 horas.

A área de Lisboa e Vale do Tejo com 747 casos e a região Norte com 794 têm 69% do total das novas infeções verificadas nas últimas 24 horas.

As 17 mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (13), na região Norte (2) no Alentejo (2).

Relativamente às idades das vítimas, o boletim revela que nove tinham mais de 80 anos, sete entre os 70 e os 79 anos e uma entre os 60 e os 69.

Do total de mortes nas últimas 24 horas 10 eram do sexo masculino e sete do sexo feminino.

No que respeita às 2.232 infeções nas últimas 24 horas, o boletim regista que 146 têm entre 0 e 9 anos, 484 entre 10 e 19 anos, 542 entre 20 e 29 anos, 329 entre 30 e 39 anos, 270 entre 40 e 49 anos, 197 entre 50 e 59 anos, 145 entre 60 e 69 anos, 71 entre 70 e 79 anos e 48 com mais de 80 anos.

Infeções conhecidas esta terça-feira estão ligeiramente acima das de terça-feira da semana passada (2076)

ÓBITOS CONTINUAM A ACONTECER SOBRETUDO EM LISBOA E VALE DO TEJO

Todas as regiões do país viram o seu número de casos aumentar em termos absolutos, em parte devido ao facto de ontem, segunda-feira, os números terem sido impactados pela diminuição da testagem durante o fim de semana. O Norte, com 794 casos, é responsável por 35,57% dos casos nacionais, uma percentagem similar à de ontem. O mesmo acontece em Lisboa e Vale do Tejo (747 casos) e nos Açores (63 casos).

Por outro lado, o Algarve diminuiu o seu peso no número total de casos: 207 positivos, ou 9,27% dos casos registados. O Centro, com 307 casos, subiu de 7,95% para 13,75%. O mesmo aconteceu no Alentejo: uma subida de 1,92% para 3,81%, representativos de 85 casos registados nas últimas 24 horas.

Quanto às mortes, que foram 17, LVT foi novamente responsável pela esmagadora maioria delas: 13, depois de ontem ter registado 11. O Norte regista dois óbitos, e o Alentejo outros dois.

Os números absolutos de casos e mortes por região ficam assim:

Relativamente a casos confirmados por faixa etária, a fotografia do país é a seguinte:

Por último, quanto a mortes confirmadas por covid-19 por faixa etária, uma doença que afeta mais a população mais idosa, o retrato do país é este:

O boletim da DGS dá ainda conta dos números gerais da pandemia, desde que surgiu o primeiro caso em Portugal, em março de 2020: 990.293 infetados, 17.502 óbitos e 929.547 recuperados. Há ainda 43.244 casos ativos, menos 1490 do que na segunda-feira e 60.171 contactos em vigilância, menos 2244 do que na véspera.

O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 455.285 homens e 534.331 mulheres, mostram os dados da DGS, segundo os quais há 677 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.

Do total de vítimas mortais, 9.192 eram homens e 8.310 mulheres.

O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.

Do total de mortes, 11.445 eram pessoas com mais de 80 anos, 3.746 com idades entre 70 e 79 anos, e 1.586 tinham entre 60 e 69 anos.

Quanto às infeções o boletim revela que do total de 990.293 pessoas infetadas desde o início da pandemia, 59.288 tinham entre 0 e 9 anos, 100.964 entre 10 e 19 anos, 155.802 entre 20 e 29 anos, 146.829 entre 30 e 39 anos, 162.090 entre 40 e 49 anos, 138.297 entre 50 e 59 anos, 93.836 entre 60 e 69 anos, 60.226 entre 70 e 79 anos e 72.961 com mais de 80 anos.

A matriz de risco, atualizada ontem (nova atualização na quarta-feira), confirmou a tendência descrescente – que se verifica desde 30 de julho – da incidência: 336,1 casos de covid-19 por 100 mil habitantes no território nacional e nos 341,4 no Continente. Já o R(t), o índice de transmissibilidade, sofreu uma subida ligeira, embora permaneça abaixo de 1: é de 0,93 na globalidade do território nacional e no Continente.