Um novo estudo citado pelo Mirror alerta que, mesmo após a recuperação do Covid-19, os pacientes podem permanecer infetados por mais tempo do que se pensava anteriormente.
O estudo, publicado no The Lancet, analisou 191 pacientes com o vírus em Wuhan – a área onde o vírus se originou.
A análise revelou que o vírus demorou entre 8 e 37 dias para ser totalmente eliminado, com um tempo médio de disseminação viral de 20 dias.
Em comparação, atualmente a recomendação oficial, das autoridades de saúde, sugere que as pessoas que apresentam sintomas devem se auto-isolar por apenas 14 dias.
O professor Bin Cao, co-autor principal do estudo, disse que o resultado observado no estudo “tem implicações importantes para orientar as decisões sobre precauções de isolamento e tratamento antiviral em pacientes com infecção confirmada por COVID-19”.
Com base nos resultados, os pesquisadores sugerem que testes negativos para a doença devem ser necessários antes que os pacientes recebam alta do hospital.
O professor Cao acrescentou que “na gripe grave, o tratamento viral atrasado prolonga o tempo que o vírus é eliminado e, juntos, esses fatores colocam os pacientes infectados em risco de morrer”.
Enquanto isso, o professor Keith Neal, especialista em Epidemiologia de Doenças Infecciosas da Universidade de Nottingham, que não participou do estudo, acrescentou que a principal descoberta que este artigo acrescenta é “o derramamento prolongado de vírus e os pacientes recuperados podem permanecer infecciosos por mais tempo do que se pensava anteriormente”.
Com base nos resultados, os investigadores sugerem que sejam feitos mais testes antes que os pacientes recebam alta do hospital.