Ray Kurzweil, cientista e diretor de engenharia na Google, prevê que a inteligência artificial (IA) permitirá interromper o processo de envelhecimento humano a partir de 2032, avança este domingo o jornal Nikkei Asia. Esta previsão baseia-se na análise do crescimento exponencial da capacidade computacional ao longo das últimas décadas.
Kurzweil é conhecido por previsões anteriores que se concretizaram, como a vitória de um computador sobre o campeão mundial de xadrez antes do ano 2000 e a ascensão de dispositivos móveis conectados a uma rede global de informação na década seguinte.
O cientista, pioneiro em tecnologias como reconhecimento ótico de caracteres e síntese de texto para fala, antecipa que, até 2029, a IA atingirá um nível de inteligência equivalente ao humano, e que, em 2045, ocorrerá a “singularidade” — um ponto em que os humanos se fundirão com a IA, resultando em seres com inteligência ampliada.
Kurzweil destaca os potenciais benefícios da IA, especialmente na área da medicina, onde poderá promover avanços significativos na longevidade humana, permitindo superar a maioria das doenças e estender a expectativa de vida até 500 anos. Ele introduz o conceito de “velocidade de escape da longevidade”, referindo-se ao ponto em que, para cada ano de vida, os avanços científicos acrescentarão mais de um ano à expectativa de vida, possibilitando, em teoria, uma vida indefinida.
Apesar de reconhecer os riscos inerentes ao desenvolvimento tecnológico, Kurzweil mantém-se otimista, acreditando que os benefícios da IA, particularmente na área da saúde, superarão os potenciais perigos.
As suas obras, como “The Singularity is Near” e “The Singularity is Nearer”, têm influenciado profundamente a pesquisa em IA e a previsão de futuros desenvolvimentos tecnológicos.
Kurzweil, atualmente com 76 anos, continua a dedicar-se ao estudo da tecnologia e das suas implicações, mantendo a convicção de que a fusão entre humanos e máquinas resultará em seres humanos aprimorados e mais inteligentes.
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