Paula Sousa é a cabeça-de-lista da coligação CDS-PP/PPM nas eleições do próximo domingo para a Câmara de Silves, dominada pela CDU.
A candidata não é parca na adjectivação de Silves na situação actual e classifica a cidade como “moribunda” e diz que quer pôr termo a esta situação.
Paula Sousa diz que tem propostas que “vão no sentido de fazer crescer esta empresa que é o concelho de Silves”, conheça quais nas respostas que deu às questões do POSTAL.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Paula Sousa (PS): Eça de Queiroz, no século XIX, disse: “políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”. A mudança por si só é muito positiva e traz sempre novidade. Juntando a isso o nosso comprometimento com o desenvolvimento do concelho, os nossos projectos, a nossa seriedade e a nossa competência são razões mais do que determinantes para justificarem a candidatura à presidência da Câmara Municipal de Silves.
O poder que os eleitores me vão dar nestas autárquicas é para ser exercido com honestidade e em claro comprometimento com todos os munícipes. Pretendo cuidar do concelho e elevá-lo a um patamar assente na excelência. Para além disso, como algarvia e silvense, considero que a nossa maior riqueza são as pessoas, por isso candidato-me para resolver os problemas dos silvenses e melhorar o meu concelho.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
PS: Vou responder invertendo a questão. Ou seja, vou responder focando-me nos pontos fundamentais onde se deve investir. Perante a realidade do concelho de Silves, a Câmara Municipal tem a obrigatoriedade de intervir a vários níveis.
Onde essa intervenção tem falhado é no plano da cultura e ciência (podemos e devemos valorizar espaços como a Fissul; a Ponte ‘Romana’; o Castelo); na promoção do desenvolvimento; na cooperação externa, nomeadamente na captação de investimento para fazer crescer o concelho; nos transportes e comunicações (não há uma gare para os transportes públicos em Silves; o rio Arade continua por desassorear e o seu desassoreamento é, claramente, uma mais-valia para a cidade).
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
PS: Candidato-me para pôr fim a uma cidade moribunda, a um concelho parado no tempo; para acabar com projectos eleitoralistas; para pôr fim à distribuição de empregos municipais e afastar de vez aqueles que se acham donos e senhores da Câmara Municipal de Silves.
Nós, CDS-PP/PPM, propomos ideias novas. Somos fazedores. E a minha candidatura nada tem a ver com o passado, nem com o presente. É uma candidatura que não deve favores a ninguém, nem precisa de pagar favores a ninguém. Eu não tenho amigos na Câmara, nem tenho amigos para levar para a Câmara. Não preciso deste lugar para me promover. Estou aqui para entender e satisfazer as necessidades reais da população. Estou aqui para gerir o concelho desde o primeiro dia. Estou aqui para fazer crescer Silves litoral, Silves barrocal, Silves serra. Não estou aqui para me entreter nem para usar indevidamente os dinheiros públicos. Estou aqui porque é preciso uma política que legitime a mudança. O voto na coligação ‘Unidos por Silves’ é a opção certa.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
PS: As minhas propostas vão no sentido de fazer crescer esta empresa que é o concelho de Silves.
No que toca à gestão do território municipal, irei reforçar o papel das vilas, uma vez que as mesmas são um complemento à cidade. Isto será, por exemplo, concretizado, numa ligação com a vertente do desporto, com a construção de um corredor verde desde a cidade de Silves, passando por Alcantarilha e terminando em Armação de Pêra – uma ciclovia para ciclistas, caminheiros. Isto no sentido de também promover acções de fruição do património concelhio.
Relativamente ao ambiente, pretendo promover a silvicultura preventiva, nomeadamente, através da limpeza da vegetação herbácea e arbustiva ao longo das bermas das vias que atravessam as matas e povoamentos florestais do concelho.
No plano do emprego e do investimento económico, pretendo ajudar as empresas existentes e cativar outras, apostar no comércio local e nas ajudas aos agricultores.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
PS: Construir um parque de estacionamento digno em Armação de Pêra, junto à Praia de Vale de Olival. Ou seja: rentabilizar aquela área territorial, privilegiando e protegendo o ecossistema.
Apostar na construção de um terminal rodoviário em Silves. Ou seja: uma cidade histórica que abraça o turismo de Verão e de Inverno tem de ter um espaço para albergar autocarros, passageiros e táxis.