É o regresso do povo aos centros do poder para celebrar a vitória da democracia depois de dois anos de ausência. Este ano, no dia 25 de abril, o Parlamento e a residência oficial do primeiro-ministro voltam a estar abertos para visitas do público. E até vai ser possível passar de um lado para o outro.
No Parlamento, a sessão solene de celebração dos 48 anos da Revolução está marcada, como é habitual, para as 10h. Às 15, o Palácio de São Bento abre para visitas livres ainda que condicionadas à capacidade do espaço e ao uso de máscara. Como está anunciado no site do Parlamento, os cidadãos são convidados a conhecer os espaços mais emblemáticos do edifício e podem circular diretamente entre o edifício da Assembleia da República e a residência oficial do primeiro-ministro.
Do outro lado de São Bento, o lado do Palacete, haverá uma tarde cheia de atividades, com a residência e os jardins de novo abertos ao público, a partir das 14h30. E o primeiro-ministro vai andar por lá para inaugurar uma obra de arte contemporânea, que ficará colocada nos jardins e fazer o seu comentário à cerimónia da manhã, onde o Governo não tem palavra.
Segundo a informação divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro, haverá atuações da “Orquestra Sem Fronteiras”, um espetáculo do “Concerto mais Alto”, apontamentos dos Pauliteiros de Miranda e do grupo de percussão “Bardoada”. Está prevista também a leitura de excertos das “Novas Cartas Portuguesas” e a atuação do grupo de dança “Meio no Meio”.
Os mais novos vão poder fazer cartazes e postais em workshops de produção e também terão teatro com “As árvores não têm pernas para andar”.
A festa em São Bento terminará com um concerto de Dino d’Santiago, ao fim da tarde.
Em Belém também será dia aberto a visitas, mas sem qualquer programação especial e sem o ocupante do Palácio presente. O Presidente da República parte para Madrid, para uma visita de dois dias, a propósito do centenário de Saramago. Na tarde de dia 25, Marcelo Rebelo de Sousa participa na cerimónia de depósito do legado de José Saramago, galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1998, na Caja de las Letras do Instituto Cervantes.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL