A comemoração dos Reis foi a primeira oportunidade do PS/Algarve para dar uso à nova mensagem forte do partido “Eu quero um novo rumo para Portugal”, num jantar realizado em Faro e que contou com a presença do Miguel Laranjeiro, membro do Secretariado Nacional do PS.
A presidir ao evento, que marcou o início do ano civil político de 2014, esteve o presidente da Federação algarvia dos socialistas, António Eusébio, que actualmente ocupa o cargo de primeiro-secretário da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Os socialistas prometem não baixar os braços na luta por aquelas que consideram ser as principais preocupações do partido a nível regional e fazem adivinhar um ano de 2014 pautado pela intensa intervenção política a que o actual presidente da Federação já nos habituou e de que as recentes intervenções, sobretudo na área da saúde, têm dado nota.
Uma presença na agenda política regional que o PS/Algarve sabe ser absolutamente necessária com as eleições europeias à porta, acto eleitoral onde o partido tem a oportunidade de levar os portugueses a darem ao Governo um voto de descontentamento. Algo que pode ser especialmente difícil tendo em conta que a votação está agendada para dia 25 de Maio e a saída da Troika de Portugal marcada para uma semana antes (17 de Maio), o que poderá significar para o Governo uma forte arma de arremesso político para o acto eleitoral.
António Eusébio sabe-o e sabe também que já estamos a caminho das legislativas e que, no Algarve como no país, há que quebrar a performance política do Governo, do PSD e do CDS-PP até 2015, se se quer ver o PS com António José Seguro a liderar Portugal depois das eleições.
Governo e austeridade na mira
Não espanta por isso que a perícia política de António Eusébio o faça apontar baterias contra o Governo central e nada de diferente seria de esperar, quando ao fazê-lo o líder algarvio dos socialistas toca em temas quentes da região onde a postura e os efeitos da acção do Governo de Pedro Passos Coelho têm causado mossa.
António Eusébio quer maior participação da sociedade na definição do futuro político e combater a indiferença e alheamento da população, em particular quando é esta a maior vítima das medidas de austeridade.
O presidente do partido no Algarve quer o PS a liderar o debate sobre a região em matérias como a Saúde, o Estado Social e a Educação, mas também, sobre a requalificação da EN 125 e sobre a evolução da economia algarvia.
A congregar as hostes socialistas regionais António Eusébio lança o desafio de cerrar fileiras contra as políticas do Governo e da maioria e quer fazê-lo não só com o PS mas com todos os algarvios, num debate político que o partido quer, e a região precisa, vivo e participativo.