A SIC sabe que o novo elenco governativo é composto por rostos que os portugueses já conhecem, como o da ministra Marta Temido, mas também por caras novas, como é disso exemplo a nova ministra da Defesa. Confira abaixo a lista de possíveis nomes, que esta quarta-feira António Costa vai entregar ao Presidente da República, e o respetivo ministério que vão ocupar.
A confirmar-se, o número de mulheres à frente de Ministérios deverá aumentar de oito para nove, serão seis os ministros que se mantêm e há seis novas caras. De acordo com a informação apurada pela SIC, confirmam-se as entradas de Ana Catarina Mendes, Fernando Medina e António Costa e Silva e a continuidade de Marta Temido (Saúde), Pedro Nuno Santos (Infraestruturas), Ana Mendes Godinho (Trabalho), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial) e Maria do Céu Antunes (Agricultura).
De saída do Governo estarão, como já era conhecido, Francisca Van Dunem (MAI e Justiça), Pedro Siza Vieira (Economia), Tiago Brandão Rodrigues (Educação), Graça Fonseca (Cultura), Augusto Santos Silva (Negócios Estrangeiros), João Leão (Finanças), Ricardo Serrão Santos (Mar), João Pedro Matos Fernandes (Ambiente), Manuel Heitor (Ensino Superior) e Alexandra Leitão (Modernização do Estado).
Destaque também para João Gomes Cravinho que trocará a pasta da Defesa pela dos Negócios Estrangeiros, para Duarte Cordeiro que subirá de Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares para ministro do Ambiente e Ação Climática, para André Moz Caldas que subirá de Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros para ministro da Cultura, para João Costa que, a confirmar-se subirá de Secretário de Estado Adjunto e da Educação para ministro da Educação, e para Catarina Sarmento e Castro que troca a Secretária de Estado de Recursos Humanos pelo pasta da Justiça.
EIS OS NOMES DOS POSSÍVEIS 17 MINISTROS DO XXIII GOVERNO:
- Ministério da Presidência – Mariana Vieira da Silva (mantém-se)
- Ministério dos Negócios Estrangeiros – João Gomes Cravinho (troca de pasta)
- Ministério da Defesa Nacional – Helena Carreiras (novidade)
- Ministério da Administração Interna – José Luís Carneiro (novidade)
- Ministério da Justiça – Catarina Sarmento e Castro (novidade)
- Ministério das Finanças – Fernando Medina (novidade)
- Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares – Ana Catarina Mendes (novidade)
- Ministério da Economia e do Mar – António Costa e Silva (novidade)
- Ministério da Cultura – André Moz Caldas (novidade)
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Elvira Fortunato (novidade)
- Ministério da Educação – João Costa (novidade)
- Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Ana Mendes Godinho (mantém-se)
- Ministério da Saúde – Marta Temido (mantém-se)
- Ministério do Ambiente e Ação Climática – Duarte Cordeiro (novidade)
- Ministério das Infraestruturas e Habitação – Pedro Nuno Santos (mantém-se)
- Ministério da Coesão Territorial – Ana Abrunhosa (mantém-se)
- Ministério da Agricultura e da Alimentação – Maria do Céu Antunes (mantém-se)
A lista oficial será divulgada ainda esta quarta-feira no site da Presidência, como já estava previsto, mas sem o encontro entre António Costa e o Presidente Marcelo, que questionado pela SIC disse que a confirmar-se que a lista está correta “dispensa-se a audiência” com o primeiro-ministro agendada para esta noite
A tomada de posse do XXIII Governo Constitucional deverá acontecer na próxima semana, na tarde de dia 30 de março, segundo adiantou Marcelo Rebelo de Sousa.
A TOMADA DE POSSE ADIADA
A agenda do Presidente da República apontava para 23 de fevereiro, mas a nulidade das eleições legislativas no círculo da Europa – decidida pelo Tribunal Constitucional – trocou as voltas a todos, incluindo ao chefe de Estado e ao futuro primeiro-ministro que, admitiu, foi obrigado a rever o plano que tinha traçado e a adiar convites – que manteve em segredo até hoje.
Apesar de a participação das comunidades portuguesas nas eleições legislativas deste ano ter aumentado, acabou por ser a nulidade de mais de 80% dos votos dos emigrantes pelo círculo da Europa que marcou o ato eleitoral.
No círculo da Europa, o PS conquistou 14.345 (39,63%) dos 36.191 votos válidos e o PSD 9.761 (27,05%), tendo o Chega sido o terceiro partido mais votado, com 3.985 votos (11,01%). Teriam sido eleitos Paulo Pisco, do PS, e Maria Ester Vargas, do PSD. Acontece que, de um total de 195.701 votos recebidos, 157.205 foram considerados nulos.
Vários partidos criticaram o sucedido e alguns contestaram a anulação junto dos juízes do Palácio Ratton. Livre, Volt Portugal, PAN, e Chega apresentaram recursos no Tribunal Constitucional (TC). Já o PSD avançou com uma queixa-crime no Ministério Público para responsabilizar quem, “com dolo e conscientemente”, cometeu um “crime” na contagem dos votos da emigração.
As eleições, conforme ditou o TC, acabaram por ter de ser repetidas no segundo fim de semana de março (dias 11 e 12), e os votos contados duas semanas depois, adiando para a última semana de março a tomada de posse do XXII Governo Constitucional.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL