Macário Correia será brevemente nomeado administrador da Algar, a empresa responsável pelo tratamento dos resíduos sólidos urbanos da região, uma escolha que surge poucos meses depois de ter deixado a presidência da Câmara da capital algarvia.
Fonte próxima do processo confirmou ao POSTAL a nomeação do ex-autarca para o lugar e as consequências que a mesma terá nas cadeiras do poder das empresas do sector de águas, saneamento e resíduos na região. É que com a entrada de Macário Correia na Algar, José Perdigão, que tinha deixado a Águas do Algarve para administrar a empresa de resíduos, regressa à casa de onde saiu.
Macário Correia acaba assim por ficar, no fim das contas, com a posição para que tinha apoiado António Eusébio, ex-presidente da Câmara de São Brás de Alportel logo quando Hélio Barros deixou a Algar.
José Perdigão aguarda apenas a confirmação do seu nome pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública para regressar à Águas do Algarve como administrador executivo, integrando assim a equipa liderada por Isabel Soares. De saída da Águas do Algarve está o actual administrador executivo José Mestre cujo abandono do lugar tinha já sido avançado à administração do Grupo Águas de Portugal
Macário reforça Águas do Algarve
Macário Correia vai assim reforçar a equipa da Algar e fá-lo num momento crucial da empresa que integra uma das áreas privatizáveis nos planos do actual Governo, muito embora fontes próximas do sector consultadas pelo POSTAL afirmem que o cenário da privatização da Algar está ainda longínquo e particularmente indefinido.
A Algar é detida em 56% pela Empresa Geral de Fomento e em 44% pelos municípios do Algarve, e em todas as nomeações para a respectiva Administração houve consenso dos autarcas regionais. Tudo aponta para que o nome de Macário Correia tenha, também ele, sido sujeito ao crivo de aprovação dos seus ex-colegas presidentes de Câmara e, sendo assim, vingou.
Recorde-se que a Empresa Geral de Fomento é uma sub-holding do Grupo Águas de Portugal e é responsável pela área de negócios dos resíduos no gigante empresarial que é detido em 81% pela Parpública e em 19% pela Parcaixa do Grupo Caixa Geral de Depósitos, ambas empresas do sector empresarial do Estado.