Hoje foi dado a conhecer o Primeiro Manifesto Mundial contra as Pseudociências na Saúde, que recolheu 2.750 assinaturas de cientistas e profissionais de saúde oriundos de 44 países, com o intuito de alertar para os perigos das falsas terapias.
Em comunicado, o LIVRE afirmou que “apoia este manifesto” uma vez que “partilha das mesmas preocupações: o que está em causa são práticas terapêuticas sem evidência científica que podem revelar-se um risco para a saúde e para o meio ambiente”.
O partido salienta ainda que, entre as várias terapias não-convencionais, “umas não têm qualquer efeito de cura”, como a homeopatia ou o reiki, “outras promovem a anti-vacinação”, como a naturopatia; “outras podem causar danos”, como a acupuntura ou a quiropráxia; ou ainda causar “intoxicação ou interação planta-medicamento”, como a fitoterapia, a medicina tradicional chinesa ou o “uso de suplementos milagrosos” como o MMS – Mineral Miracle Solution.
Para o partido, a medicina tradicional chinesa, “para além de promover tratamentos não comprovados cientificamente, e baseados em superstições e pensamento mágico, recorre à captura e abate de animais colocando várias espécies em risco de extinção.”
“Esta prática é um perigo real para a biodiversidade, não capturando apenas animais exóticos como tigres e elefantes, mas também populações nativas, como são exemplo os cavalos-marinhos da Ria Formosa”, afirmou.
Assim, em termos de saúde, o partido reforça ainda que as “terapias não-convencionais não são medicina” embora os “seus promotores afirmarem publicamente que estas terapias devem ser complementares, ainda subsistem situações em que os cuidados médicos são preteridos por esse tipo de terapias. Estas situações levam a que alguns tratamentos médicos surjam demasiado tarde, prejudicando os doentes.”
É neste sentido que “o LIVRE defende que algumas destas práticas devem ser consideradas práticas de bem-estar – e não de saúde”, devendo ser “regulamentadas como tal, mantendo tanto quanto possível os postos de trabalho existentes, mas zelando pelo mais importante – a saúde dos cidadãos e do planeta.”