O presidente da Iniciativa Liberal (IL) criticou este sábado o primeiro-ministro, Luís Montenegro, por não apresentar um Orçamento “com um desagravamento fiscal para todos”, num país em que a arrecadação fiscal cresceu a dois dígitos nos dois últimos anos.
Em declarações aos jornalistas à entrada para o jantar que assinala a ‘rentrée’ política do partido, em Quarteira, no Algarve, Rui Rocha afirmou que “o discurso de Luís Montenegro na festa do Pontal, foi mais do mesmo”.
“A arrecadação fiscal do Estado em 2022 e 2023 cresceu a dois dígitos e nem assim a Aliança Democrática (AD) consegue apresentar um Orçamento [do Estado] em que o desagravamento fiscal, seja um desagravamento para todos”, realçou Rui Rocha.
Segundo o presidente da IL, as pessoas que ouviram o discurso de Luís Montenegro há um ano, “aqui em Quarteira, em que prometeu baixar os impostos, essas pessoas com menos de 35 anos e que olham agora para as mãos não veem, nada”.
Para Rui Rocha, “não existiram mudanças estruturais” do ponto de vista fiscal desde há um ano, e questiona o porquê de “o país estar agora numa deriva de punir [fiscalmente] quem tem mais de 35 anos”.
“Como é que essas pessoas poderão entender como é que não haja um esforço do Estado que permita aliviá-los a eles também. Que mal fizeram as pessoas com mais de 35 anos para serem punidas fiscalmente”, apontou.
Rui Rocha lembrou que a posição da IL “está totalmente em aberto” em relação ao Orçamento do Estado, assegurando que o partido “não viabilizará orçamentos que representem mais do mesmo”.
“Não temos tempo em Portugal em insistir em soluções que não funcionem, nem em atrasar mais o país. Ou a AD apresenta um Orçamento que é fiel a essa ideia de mudança que as pessoas quiseram nas eleições ou nós não viabilizaremos, isso é claro”, afirmou.
A Iniciativa Liberal assinala este sábado a sua ‘rentrée’ política com a quarta edição da festa “A’gosto da Liberdade”, que decorre na Praça do Mar, em Quarteira, no concelho de Loulé, no distrito de Faro.
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