A receita da Câmara de Faro aumentou 4,3 milhões de euros no ano passado em relação a 2018, tendo a dívida sido reduzida para 17,4 milhões, o valor mais baixo dos últimos 15 anos, foi hoje anunciado.
Numa nota enviada à imprensa, a Câmara de Faro refere que, de acordo com o balanço preliminar de 2019, obteve no ano passado uma receita total de 50 milhões de euros, dos quais cerca de 12 milhões arrecadados através do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), “valor que registou uma muito ligeira descida [cerca de sete mil euros]” face a 2018.
De acordo com o documento, a dívida de médio e longo prazo “cifrou-se no ano passado em 17,4 milhões de euros, quando em 2018 era de 20,7 milhões, tendo a dívida de curto prazo sido também reduzida em cerca de 100 mil euros, passando para 578.091 euros”.
“Atendendo a que no final de 2014 estes encargos ascendiam a 44,4 milhões de euros, isto significa que o município conseguiu abater, nos últimos seis anos, perto de 27 milhões de dívida de médio e longo prazo – sem que isso venha comprometendo a capacidade de investimento”, refere a Câmara no documento.
Em 2005, a dívida total da Câmara de Faro ascendia a 84,5 milhões de euros, segundo o valor revelado na altura pelo então presidente da autarquia, José Apolinário (PS), que sucedeu a José Vitorino, eleito pelo PSD.
A autarquia indicou ainda que a Derrama – imposto municipal que incide sobre o lucro tributável das pessoas coletivas – resultou numa receita de 2,4 milhões, menos cerca de 50 mil euros do que em relação a 2018.
Já a receita relativa ao Imposto Único de Circulação (IUC) subiu ligeiramente de 2,1 milhões (2018) para 2,2 milhões, em 2019, mantendo-se em oito milhões o valor resultante do Imposto Municipal sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT).
Os dados preliminares apontam para uma taxa de execução da receita no ano passado, que “voltou a ser superior a 100%, atingindo os 103%, e a taxa na despesa a fixar-se em 83,7%”.
De acordo com o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau (PSD), citado na nota, “estes dados preliminares evidenciam que a autarquia está no bom caminho”.
“O importante é mantermos as contas sãs e uma gestão realista. Só assim a autarquia pode continuar a afirmar-se como um parceiro de negócios credível, sendo, ao mesmo tempo, capaz de operar a grande transformação que se encontra em curso no espaço público e na capacidade de tornarmos o concelho mais dinâmico, aberto, atrativo e com qualidade de vida”, refere.
Segundo Rogério Bacalhau, a estratégia “será a de dar seguimento à política de rigor e transparência instaurada para aumentar os níveis de eficiência”.