O primeiro-ministro afirmou hoje que o seu Governo vai ter reuniões com o Chega sempre que se tratar de matérias institucionais, mas reiterou que não falará com esse partido em termos de procura de convergências políticas.
Esta justificação foi apresentada por António Costa, depois de questionado pelos jornalistas sobre a razão que o levou a excluir o Chega das reuniões com os partidos parlamentares já agendadas para a próxima terça-feira, tendo em vista preparar o próximo ciclo político.
“Há matérias em que o Governo ouve institucionalmente todos os partidos representados na Assembleia da República – e obviamente não pode excluir um partido que está institucionalmente representado no parlamento”, declarou o líder do executivo.
António Costa apontou depois como exemplo as audiências que se realizaram ao longo da anterior legislatura sobre as medidas a adotar em matéria de combate à pandemia da covid-19 – reuniões em que o Chega foi sempre ouvido em São Bento.
“Mas as reuniões de preparação da legislatura têm outra finalidade, já que visam olhar para o programa do Governo e aferir as prioridades dos diferentes partidos. Ora, aí não há qualquer convergência com o Chega, como aliás disse repetidas vezes durante a campanha eleitoral”, argumentou.
Na próxima terça-feira, no âmbito da preparação do próximo ciclo político, António Costa vai receber em São Bento o Livre, o PAN, o Bloco de Esquerda, o PCP, o PSD e a Iniciativa Liberal, mas não o Chega que será a terceira maior força parlamentar na próxima legislatura.