Ana Veiga é a candidata da coligação CDU à Câmara de Monchique.
Para a jovem candidata a política autárquica exige mais transparência, maior proximidade dos cidadãos e mais coesão na equipa de gestão camarária.
É esta mulher que pretende complicar as contas a Rui André no acesso à manutenção do PSD na cadeira do poder da Câmara monchiquense.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Ana Veiga (AV): É urgente reunir esforços e rejuvenescer Monchique! Honestamente, tornou-se insuportável continuar a ver a nossa vila ficar cada vez mais isolada da iniciativa, da criatividade e da união. Desde que se realizam eleições para o poder local que Monchique não conheceu outra realidade se não a das opções do PSD e PS à frente da Câmara Municipal. Este é um concelho com muitas potencialidades na agricultura, na floresta, na indústria, mas cujo desenvolvimento tem sido comprometido pelas políticas de sucessivos governos e pelas opções do poder autárquico.
O projecto que a CDU propõe, no qual deposito toda a minha confiança, assenta no rigor, na honestidade e no trabalho mútuo. Será esta conjugação de esforços em prol do bem comum que permitirá lutar pelo desenvolvimento do concelho e pela melhoria do bem-estar socioeconómico e cultural de todos os Monchiquenses. As gentes desta terra merecem que a CDU continue a ser a ser a voz de quem cá vive, trabalha e de quem agora projeta o seu futuro.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
AV: Em primeiro plano, falta transparência na gestão e os laços com as pessoas encontram-se fragilizados.
A desorganização em que a autarquia se encontra resulta numa grande ausência de estratégias que resolvam a falta de emprego, de investimento e de dinâmica do concelho. Embora sejam evidentes as grandes potencialidades de Monchique, infelizmente estamos perante graves problemas de desertificação e falta de atractividade. Vemos os nossos jovens partir sem intento de regresso, não porque estejam a mais, mas porque não são dadas ferramentas que lhes permitam construir o seu futuro na terra.
Quem vive ou trabalha em Monchique depara-se todos os dias com degradação urbana, estradas sem condições ideais e serviços municipais condicionados pela deterioração dos equipamentos. Se prestarmos atenção, rapidamente verificamos que os últimos anos foram pautados por muitas iniciativas que ficaram por concretizar, algumas delas teriam tido um papel bem importante no desenvolvimento do concelho.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
AV: Desde logo, este grupo CDU é composto por pessoas honestas e comprometidas em ir de encontro às melhores expectativas da população de Monchique. O projecto que a CDU apresenta para Monchique inclui medidas que privilegiam os direitos das pessoas e potencializam as qualidades do concelho, assumindo como base o Trabalho, Honestidade e Competência.
Apostamos numa política de proximidade, que tenha em conta a voz do povo, das Juntas de Freguesia e de todo o movimento associativo nas tomadas de decisão.
A CDU, sendo a força que conhece as realidades locais, será a garantia da luta pelo emprego, pela educação e pela saúde. As propostas que foram elaboradas abrangem o Desenvolvimento, Economia, Organização Autárquica, População, Saúde, Educação e Ambiente e mostram a vontade que há em querer mais e melhor para a nossa terra. Somos intransigentes na defesa dos serviços públicos, no acesso de todos à saúde, à protecção social e à mobilidade, e em defesa da água enquanto bem público!
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
AV: A CDU sempre foi a voz das populações na defesa dos seus interesses, na melhoria das suas condições de vida e no direito a serviços públicos de qualidade. O projecto que propomos é diferenciado porque valoriza o trabalho e promove o aproveitamento das potencialidades do concelho para o bem comum e não para interesses de alguns.
Com um eleito na Assembleia Municipal, no último mandato, as pessoas conhecem e sabem todo o esforço da CDU na defesa das Extensões de Saúde de Marmelete e Alferce, por um melhor e mais equipado Centro de Saúde, contra o encerramento do Tribunal em Monchique, na defesa das riquezas naturais para o concelho contra explorações leoninas de feldspato, na defesa dos trabalhadores da pedreira, na requalificação da Escola Básica Manuel do Nascimento.
O nosso objectivo central é tornar Monchique um município mais atractivo, apostando também na dinamização cultural, desportiva e associativa, com especial foco na valorização do nosso património histórico e ambiental.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
AV: A organização da autarquia é um aspecto prioritário no sentido de, desde logo, a Câmara Municipal dar exemplo de rigor e confiança numa relação que se deseja próxima com toda a comunidade. É primordial uma equipa coesa e empenhada em identificar os problemas da população, criar estratégias e mobilizar os meios possíveis para a sua resolução. A autarquia tem a obrigação de estar próxima da população para ir de encontro às suas reais necessidades e melhores expectativas. Sabemos que a economia e desenvolvimento estão profundamente ligados, pelo que temos de olhar com especial atenção para a dinamização e criação de emprego.
Só assim conseguiremos criar mecanismos de fixação dos jovens, de garantia de melhores condições para quem cá vive, trabalha ou de quem vem de visita. É importante incentivar a apostar nos nossos produtos como forma de dinamizar o comércio local, que também atua como um meio de divulgação da região do ponto de vista turístico.