Joaquim Sarmento quer independentes a Câmara de Loulé que ajudem a fundar a gestão autárquica na transparência e no fim do clientelismo.
O candidato do Bloco de Esquerda faz-se às urnas para conseguir integrar a vereação da autarquia louletana e mudar o rumo da política no concelho.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Joaquim Sarmento (JS): Aceitei este desafio para enriquecer a democracia local e promover uma nova agenda autárquica onde a transparência seja regra de oiro, a participação cidadã se torne prática regular na vida local e as pessoas com os seus saberes, os seus problemas, as suas necessidades mas também as suas expectativas e projectos estejam no centro das decisões do poder local.
Candidato-me com uma equipa constituída maioritariamente por cidadãs e cidadãos independentes, que aceitaram participar neste projecto pela cidadania viva, pelo diálogo de proximidade com os munícipes, pela democracia participativa.
Queremos ajudar a construir a cidade inclusiva, solidária e segura onde todos se possam expressar livremente e ser felizes.
Daremos o nosso melhor ao serviço da comunidade, com a consciência das nossas limitações mas também das nossas capacidades, com a humildade de quem está disponível para ouvir, aprender, avaliar e perspectivar um futuro melhor para quem vive nas nossas aldeias, vilas e cidades.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
JS: O concelho de Loulé é grande na sua extensão, rico em património cultural e ambiental, tem uma história de que se orgulha, tem potencialidades imensas mas tem problemas que precisam de ter respostas adequadas para melhorar a qualidade de vida das populações e assegurar um desenvolvimento social, económico e cultural ambientalmente sustentável. É urgente combater a progressiva desertificação das aldeias rurais, resolver o grave problema da mobilidade e estacionamento sobretudo na época estival, diminuir a precariedade laboral e o emprego sazonal, dar mais atenção aos que mais precisam e a situações de pobreza extrema, apoiar o comércio local nesta competição desigual com as grandes superfícies comerciais e sobretudo criar uma nova agenda autárquica onde as pessoas de todas as idades participem na vida das suas aldeias, vilas e cidades.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
JS: Defendemos a transparência na gestão do que é de todos nós. O diálogo de proximidade com os munícipes, a democracia participativa. Combateremos o clientelismo e as nomeações por cor partidária para as chefias municipais, pela limitação do recurso aos ajustes directos e pelo rigor financeiro nas contas municipais
Propomos a criação do Provedor do Munícipe, como meio facilitador de diálogo na mediação de conflitos, na defesa de direitos violados, no combate à negligência, na defesa da melhoria da qualidade dos serviços municipais e como promotor de justiça social e de estímulo ao reforço da coesão social e da solidariedade para com os mais desfavorecidos.
Combateremos a Infoexclusão praticada pelo actual executivo municipal e anterior, impedindo os cidadãos sem domínio das novas tecnologias a aceder a determinados serviços municipais.
Defendemos a cooperação com o Movimento Associativo e as Escolas para a criação de um Plano Cultural e Educativo que dignifique Loulé como Cidade Educadora.
PA: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
JS: Acreditamos ser possível em Loulé constituir uma alternativa crítica à cíclica alternância do PSD e do PS na gestão do município, afirmando-nos como uma força viva e interveniente que quer contribuir para o bom governo do poder local e contemplar áreas importantes que a gestão municipal tem ignorado: a reabilitação urbana, a habitação social e o despovoamento do interior do concelho.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
JS: Como presidente de todos os louletanos procurarei ter também em consideração as ideias positivas que as outras candidaturas apresentam nos seus programas eleitorais, promovendo o debate no seio do Executivo Municipal, na Assembleia Municipal, nas Assembleias de Freguesias, alargado às instituições representativas e às diferentes comunidades.
Uma das medidas prioritárias será o combate à desertificação do interior do concelho como um grave problema de ordenamento do território, que exige a criação de um programa de reabilitação das aldeias abandonadas, de apoio e às actividades económicas tradicionais e de incentivo ao empreendedorismo, mobilizando recursos municipais, mas também com apoios nacionais e europeus.
O Plano de Mobilidade e de Estacionamento Urbano deverá isentar o pagamento de estacionamento para os clientes do comércio e resolver o grave problema do estacionamento dos residentes no litoral do concelho, incentivando transporte não poluentes, percursos pedonais e cicláveis.