Os presidentes de câmara que se recandidatam têm uma vantagem que ronda os 15 pontos percentuais sobre os seus adversários diretos, conclui um estudo da professora Mariana Lopes da Fonseca, da Universidade de St. Gallen, na Suíça. O estudo, a que o jornal “Público” teve acesso, chama-se “Identificando a fonte da vantagem de incumbência por meio de uma reforma constitucional”.
“Antes de 2013 [ano em que entrou em vigor a limitação de mandatos], os partidos eram reeleitos em média em 81% dos municípios. Por outro lado, a ausência de limites de mandatos permitiu uma taxa de repetição de candidatos a presidente de câmara de 83%, dos quais mais de 86% estavam, em média, reeleitos. Em 2013, enquanto apenas 75% dos municípios reelegeram o titular, 83% dos 91% dos presidentes que se candidataram à reeleição venceram”, lê-se no estudo publicado por Mariana Lopes da Fonseca.
Em termos práticos, “se Fernando Medina vencer com 35% dos votos, 15 pontos percentuais já tem à partida, só por ser o incumbente”. “E esse valor não varia caso ele se recandidate pelo mesmo partido ou como independente ou outro partido”, explica a professora, em declarações ao mesmo jornal.
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