A habitação, o emprego e a dignificação do espaço público são os objetivos que levaram Pedro Moreira (PSD) a estrear-se numa candidatura à presidência da Câmara de Lagos nas autárquicas deste ano.
“Candidato-me com um conjunto de pessoas com capacidade para alterar o rumo em que Lagos está e o concelho tem um conjunto de problemas que não estão a ser resolvidos”, revelou à Lusa o candidato.
Assente no lema ‘Lagos para todos e com todos’, a candidatura do lacobrigense de 55 anos apresenta propostas divididas em três eixos.
A criação de valor através do “desenvolvimento económico diversificado e sustentável, inteligente e inclusivo” é a primeira que destaca, à qual se seque a “criação de sinergias com parceiros regionais, nacionais e internacionais”.
A promoção da coesão entre as três freguesias rurais e a freguesia urbana dá suporte ao terceiro eixo com o qual pretende criar “melhor qualidade de vida para as pessoas” numa perspetiva sustentável.
Para o proprietário e gestor de uma empresa de investimentos imobiliários, nos últimos anos de governação socialista tem faltado a criação de habitação, o que levou o concelho do distrito de Faro a ser o “quarto mais caro do país”, revelando um concelho “apetecível”, mas que condiciona o crescimento.
Defende, por isso, que a câmara algarvia “tem a obrigação de olhar por aqueles que não têm capacidade para pagar os preços que são praticados”, algo que destaca que “não tem sido uma preocupação da câmara”.
O atual deputado da Assembleia Municipal queixa-se que esta situação causa “atrofia social” e impede que Lagos “cresça como cidade” tanto para os munícipes como para os que querem mela habitar.
Tornar o concelho “mais resiliente economicamente” para que deixe de “depender tanto do turismo” é outros dos objetivos da candidatura e para isso propõe uma “nova metodologia nos processos de investimento” para que diminua o tempo de espera na sua aprovação.
A criação de equipas multidisciplinares dedicadas a licenciar “rapidamente” propostas económicos para o concelho é uma das ações que aponta, com destaque para as que permitirão uma “diversificação” do tecido empresarial.
A transformação inovadora dos produtos regionais, a criação de um polo universitário para mestrados e pós-graduações são outras áreas em que quer apostar.
“Dignificar a utilização do espaço público e a sua utilização em segurança” é outros dos objetivos a que se propõe, dando com exemplo o jardim Júdice Cabral – Auditório Municipal – “fechado há anos sem uma explicação plausível” e que, a seu ver, deve ser “imediatamente recuperado e aberto à população”.
O atual presidente, Hugo Pereira (PS), Alexandre Nunes (CDU) e Delano Chiattone (Chega) já assumiram candidaturas à autarquia.
A Câmara de Lagos é governada pelo PS desde 2002, depois de Júlio Barroso ter vencido as autárquicas em 2001 e recuperado a autarquia ao PSD. Desde então, os socialistas têm governado o município com maioria absoluta, detendo atualmente cinco dos sete eleitos.
A coligação PPD/PSD/CDS-PP/MPT/PPM tem um eleito, assim como o Movimento Lagos Com Futuro.
O PSD apresentou também os cabeças de lista a outros órgãos: Nuno Serafim (Assembleia Municipal), Mário Faria (Junta de Freguesia de São Gonçalo), William Merewheter (Praia da Luz, Espiche e Almádena), Mónica Viana (Bensafrim e Barão de São João) e Fernando Bernardo (Odiáxere).
Por lei, as eleições autárquicas têm de ser marcadas para entre 22 de setembro e 14 de outubro, mas a data deste ano ainda não foi anunciada.